O Governador do estado, Eduardo Leite, indeferiu os recursos recebidos pelas associações e municípios e manteve o mapa preliminar de distanciamento controlado conforme divulgado na sexta-feira, 19. A decisão mantém a Serra Gaúcha em bandeira preta, considerada de altíssimo risco de contaminação. A informação foi divulgada pelo gestor em live de atualização no final da tarde desta segunda-feira, 22. Uma das principais alterações foi a antecipação do horário de início da suspensão das atividades, que anteriormente era as 22h, para as 20h e vale a partir desta terça-feira, 23 de fevereiro.
O mapa definitivo, que permanece até o dia 2 de março, permanece com 11 regiões em bandeira preta, que somam 68,4% da população gaúcha em situação de risco altíssimo para esgotamento da estrutura hospitalar e velocidade de propagação de coronavírus.
É o maior número de regiões no pior nível do sistema de enfrentamento à pandemia no Estado até agora. Até então, o RS só havia tido duas rodadas com bandeira preta: na 32ª semana (de 15 a 21 de dezembro), com duas regiões, e a última, na 35ª rodada (de 5 a 11 de janeiro), com uma bandeira preta.
Cogestão
Após ouvir associações regionais, prefeitos e entidades, o Gabinete de Crise decidiu manter a cogestão regional. Assim, as regiões em bandeira preta que aderiram ao sistema compartilhado podem adotar os protocolos próprios compatíveis até o nível de restrição da bandeira vermelha, desde que previstos nos seus planos. O mesmo vale para as regiões em vermelho, que podem adotar regras até o nível de laranja, desde que tenham plano de cogestão.
Das 21 regiões Covid, 19 aderiram ao sistema compartilhado. As duas únicas que não fazem parte da cogestão e, portanto, devem seguir os protocolos determinados pelo Estado são Guaíba e Santa Maria.