Porto Alegre foi a primeira capital brasileira a instalar um serviço público de iluminação elétrica em 1887, dois anos antes de Curitiba e de São Paulo. Em 1912, a eletricidade chegava a Pelotas e, em 1918 a, Rio Grande. Em 1920, o Rio Grande do Sul tinha 41 usinas elétricas, sobre o total de 343 no Brasil.
A Companhia Força e Luz foi o resultado da fusão de duas empresas que operavam o transporte coletivo na cidade com bondes de tração animal até 1908, quando estes foram substituídos pelos primeiros veículos elétricos. Em 1928, foi inaugurada a Usina Termelétrica de Porto Alegre com 20 mil KW de potência, gerados a partir do carvão retirado da mina de Arroio do Ratos. A termelétrica ficou conhecida como Usina do Gasômetro (porque perto do local onde foi construída ficavam as instalações do sistema de distribuição do gás encanado, também produzido a partir do carvão que servia como combustível para lampiões que iluminavam as ruas da cidade desde 1874) O prédio da Usina e sua chaminé são monumento Histórico e centro Cultural situado às margens do Guaíba.
O desenvolvimento econômico do Estado, em Porto Alegre, traduziu-se em numerosas obras que transformaram a cidade acanhada, numa cidade moderna para os padrões da época. Mercado Público, Biblioteca Pública, Palácio Piratini e muitas Avenidas.
A precariedade dos transportes reduzia a competividade dos produtos do Rio Grande do Sul nos mercados nacional e internacional, diminuindo a renda dos produtores. Isso obrigava a transferência das cargas que chegavam ou partiam em navios maiores para embarcações mais leves em alto mar, numa operação perigosa, de muito custo e não raro prejudicava a qualidade dos produtos.
Uma estrada de ferro particular, que corria na direção leste-oeste, ligando Porto Alegre a Uruguaiana, foi adquirida pelo governo gaúcho em 1919. (Poder e Economia – 1889-1930) – São Paulo – pág. 115)
A dificuldade do transporte entre as duas principais economias do estado (na época) – Pelotas-Rio Grande e Porto Alegre-Vale dos Sinos, apesar da navegabilidade da Lagoa dos Patos, está na origem de outra iniciativa dessa época, a fundação, em 1927, da, VIAÇÃO AÉREA RIO-GRANDENSE (VARIG), a primeira empresa de aviação do Brasil, que teve o apoio do governo estadual, iniciou suas operações no mesmo ano com um voo do hidroavião Dornier Wal “ATLÂNTICO” entre Porto Alegre e Rio Grande. Via canal do Guaíba e Lagoa dos Patos.
Os capitais mercantis acumulados e investidos na indústria tinham a sua origem num comércio que se desenvolveu a partir das trocas realizadas dentro do próprio Estado. Numa posição secundária, cabe ainda destacar os capitais produzidos pela região colonial. Estes entregavam para os comerciantes e, dessa maneira contribuíram para os empreendimentos urbanos.
Com a produção de arroz, trigo e milho cultivada geralmente por pequenos agricultores, a economia do Rio Grande do Sul crescia muito mais do que na época do charque e da pecuária.