Apesar do alto indicador, houve redução na comparação entre o primeiro e segundo semestre do ano passado
O número de consumidores endividados chegou a 83% no final de 2020, conforme aponta a pesquisa realizada pelo SCPC Boa Vista. Apesar do alto índice, a porcentagem é menor, na comparação com o primeiro e segundo semestres do ano passado. A queda vem sendo sentida desde 2019. Fatores como o pagamento do auxílio emergencial e cautela do consumidor na hora de fazer novas dívidas foram determinantes para redução.
Conforme a pesquisa, 1,4 mil pessoas de todo o país foram entrevistadas e mostra que apenas entre os consumidores adimplentes, ou seja, que pagam suas contas em dia, 74% se declaram endividados no período de julho a dezembro do ano passado, contra 77% e 80% nos respectivos semestres anteriores. Apesar de menor, entre os inadimplentes, também houve recuo: 96% se declaram endividados, contra 97% e 98% nos semestres imediatamente anteriores. Outro dado que aparece no estudo é o número total de compromissos financeiros assumidos pelo consumidor geral, que também caiu para 51% dos consumidores. Entre os adimplentes, ainda mais, para 59%, enquanto no caso dos inadimplentes, 40% afirmam que o número total de dívidas também caiu.
O levantamento apresentou dados que constataram menor comprometimento da renda para cumprir com os pagamentos. Segundo a pesquisa, a redução neste caso foi de 47% nos últimos seis meses do ano passado, ante 52% no semestre anterior e 49% no mesmo semestre de 2019. Considerando apenas inadimplentes, 57% contra 60% no primeiro semestre de 2020, e 68% no segundo semestre de 2019.
A pesquisa mostrou que a percepção da dificuldade para pagar as contas diminuiu. De junho a dezembro de 2020, 54% dos consumidores alegaram ter dificuldade contra 61% no semestre anterior e 64% no último semestre de 2019. Entre os adimplentes esta taxa cai para 39%.
Conforme o presidente do Sindilojas Regional Bento, Daniel Amadio, o auxílio emergencial e a cautela do consumidor, evitando assumir novas dívidas, foram fatores determinantes para a redução da inadimplência.