Levi Seya Maeda
Atualmente, nossa sociedade vive o que chamamos de “Abismo de Desigualdade”, que podemos definir como colossais problemas sociais, econômicos e ambientais, totalmente interligados. O ponto, é que se faz urgente pensar e discutir a estrutura do problema, para que cada vez mais, soluções conscientes possam garantir um futuro possível. Acima de tudo, é necessário ter em mente os resultados que serão sentidos nas próximas gerações.
É fato que desde o final da década de 80, mundialmente, a sociedade tem tratado os temas de responsabilidade socioambiental com mais seriedade. A criação da teoria do desenvolvimento sustentável é exemplo disso. Entendemos que é preciso proporcionar uma resposta ao crescimento de problemas, como o aquecimento global, poluição desacerbada, consumo e descarte inconscientes, além do aumento da desigualdade social, fome e violência, especialmente em países de capitalismo periférico como o nosso Brasil.
Portanto, a premissa principal do desenvolvimento sustentável é atender às necessidades atuais sem comprometer as gerações futuras, de forma que o crescimento deva ocorrer com respeito à natureza e ao ser humano. Logo, para que esse pensamento seja alcançado na prática, as metodologias de administração dos países precisam se sustentar cinco pilares importantíssimos, que são: meio ambiente, sociedade, cultura, economia e política.
Do ponto de vista social, o desenvolvimento sustentável está atrelado à redução da desigualdade mundial e ao objetivo de dizimar a fome. Porém, as estimativas apontam que em 2050 teremos cerca de 9 bilhões de pessoas vivendo no planeta, evidenciando então a enorme dificuldade e a urgente necessidade de acelerar a instalação de medidas sustentáveis, para que em 30 anos já exista maior igualdade de sobrevivência para que alimentação e saneamento sejam entregues com qualidade e capilaridade para toda a população.
Já na economia, é preciso gerar empregos e engajar o empreendedorismo consciente, só assim, pode-se gerar mais vagas para o mercado de trabalho e girar a economia de forma sólida. Não podemos esquecer que a internet gerou oportunidades e, tecnicamente falando, é um modelo sustentável em vários aspectos. Durante a pandemia, as vendas pela internet apresentaram um significativo crescimento, com 40% das compras sendo feitas por pessoas que não viam no ambiente virtual uma forma de aquisição.
Obviamente, é importante que as empresas combinem o cuidado com o meio ambiente à igualdade social e ao sucesso econômico, e que criem valores, como medidas para diminuição do impacto causado pelas atividades e o investimento em uma cultura organizacional mais ecológica. Isso, sem dúvida, aumenta o nível de consciência dos colaboradores e ajuda a desenvolver suas competências, o que fortalece o comprometimento e resulta em um maior desempenho geral da equipe.
Então, pensar no meio ambiente, que é apenas um dos principais pilares do desenvolvimento sustentável, seria apensa o começo, uma vez que há um conexão direta e complexa entre todas áreas da nossa sociedade. Todas essas medidas sustentáveis visam cultivar um melhor presente, para que exista possibilidade de futuro para nossos filhos e próximas gerações. Acima disso, o nosso exemplo de hoje, significa a ascensão das atitudes do amanhã e o pensamento de um desenvolvimento sustentável, garante que sempre haja a iniciativa da evolução e preservação de uma sociedade que se autorregule.
**Levy Seiya Maeda é sócio fundador e diretor da Villa Mandacarú, empresa especializada na realização de casamentos sustentáveis. www.villamandacaru.com.br