Até o final de novembro, 84 milhões de brasileiros vão receber a primeira parcela de um total de R$ 197 bilhões que será pago a título de 13º salário. No Rio Grande do Sul, 5,7 milhões de pessoas vão receber, no total, R$ 12,7 bilhões, conforme o Dieese. Mas o que deve ser feito com o dinheiro? Pagar as contas ou aproveitar as festas de final de ano? O economista Imerio Corbelini garante que o necessário é ter cautela.
A primeira parcela do benefício será paga aos trabalhadores do mercado formal, nos setores público (celetistas ou estatutários) e privado, inclusive os empregados domésticos; aos beneficiários da Previdência Social e; para aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios.
Cerca de 84 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 2.192. Desses, aproximadamente 33,6 milhões, ou 39,9% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS). Os empregados formais (49,5 milhões de pessoas) correspondem a 58,9% do total. Entre esses, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 2 milhões, equivalendo a 2,5% do conjunto de beneficiários do abono natalino.
Corbelini de antemão já pede aos brasileiros, bom senso e equilíbrio na hora em que o 13º salário entrar nas contas bancárias. “A necessidade de dar presentes e comemorar as festas de final de ano, consome boa parte do benefício. Embora a recomendação seja de pagar as contas para começar 2017 sem dívidas e poupar o excedente, nem sempre isto é possível”, comenta Corbelini.
Há diversos tipos de pessoas, as que estão endividadas, as que não têm dividas, mas também não investem o dinheiro e as que guardam o dinheiro em uma poupança. O economista dá a dica para cada perfil. “Para quem está endividado recomenda-se pagar o máximo das contas possíveis, mas também pode gastar um pouco para fazer festa, pois ninguém é de ferro e o final de ano, sempre é um período de comemorar, contudo, de forma consciente e com um bom planejamento financeiro para o próximo que vai começar. Os que não possuem dívidas devem poupar, pensando sempre no futuro e para quem já investe, se o investimento é em poupança o melhor é continuar. Se é investimento em imóveis, avaliar a melhor oportunidade; se é um investidor do mercado financeiro, analisar as opções e procurar correr o mínimo de risco possível”, salienta.
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