Pinto Bandeira espera que Daer faça recapeamento do asfalto que liga município a Bento, mas prazo foi adiado de novo

O reparo de pouco mais de 18 quilômetros da VRS-855, que liga Pinto Bandeira e Bento Gonçalves, está sendo adiado há mais de um ano pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). Em documento enviado ao município, o órgão informou que as obras devem estar concluídas até dezembro de 2018.

Em agosto de 2017, o Semanário publicou uma reportagem onde a comunidade se manifestava sobre o descaso com a via. Em julho, quase um ano depois, outra reportagem foi publicada. Dessa vez o Daer havia estipulado para o final do mesmo mês a data limite para o recapeamento, contudo, a situação continua a mesma.

Diretor do Daer havia estabelecido prazo para final de agosto, mas ofício estendeu para dezembro. Lucas Araldi

O estado da pista se torna ainda mais calamitoso nos dias de chuva, quando a água empoça nos buracos, que cedem à chuva. Em pelo menos quatro pontos da estrada há desníveis acentuados, que podem prejudicar motoristas.

Embora o engenheiro e diretor do órgão estadual Rogério Uberti tenha informado a Prefeitura de Pinto Bandeira que as obras aconteceriam até o final de agosto, o prazo não foi cumprido. Já em ofício, o Daer sinalizou ao Poder Público que a previsão é de que todos os reparos previstos no Contrato de Restauração e Manutenção de Rodovias da Região da Serra (Crema Serra) estarão concluídos até dezembro de 2018.

De acordo com o prefeito de Pinto Bandeira, Hadair Ferrari, a questão foi pleiteada desde o início do seu mandato. Ele também afirma que a situação é angustiante para os pinto-bandeirenses. “É difícil ficar correndo atrás e não ter posição nenhuma, parece que temos que implorar”, lamenta.

A preocupação de Ferrari é com a safra de pêssego que se aproxima e deve movimentar a estrada em novembro. Segundo ele, os reparos são urgentes. Em outras situações, o prefeito aponta que a própria Prefeitura solicitou materiais ao Daer e fez breves concertos. “Mas eu acho que não tem mais material, então fica difícil”, expõe.

De acordo com o vice-prefeito, Daniel Marini Pavan, a principal justificativa do Daer e do governo gaúcho é a falta de recursos. “A gente sabe que não há dinheiro no Rio Grande do Sul”, afirma.

O Daer informou a reportagem que “o foco são as ações na RSC-453 e na ERS-122, rodovias com maior volume médio de tráfego da região”. O órgão não estipulou prazo para conclusão, na medida em que “a execução dos serviços depende de uma série de variáveis, que vão desde as condições climáticas até mudanças no pavimento das demais rodovias da Serra, que podem exigir intervenções emergenciais”.