Imprensa da SEAPDR e agricultores de Cotiporã e Pinhal da Serra visitam produtores de vinho colonial da Capital do Vinho

Nesta quarta-feira, 28, três vinícolas familiares de Bento Gonçalves que são devidamente registradas no mapa da viticultura e inclusas no Programa Estadual de Agroindústrias (PEAF), receberam visita do departamento de imprensa da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR). O intuito é relatar o funcionamento, além de divulgar a forma de consolidação dos registros, bem como a qualidade dos produtos elaborados.

Dados concedidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) informam que há poucos dias, a SEAPDR fez apreensão de vinhos irregulares que tinham no rótulo a denominação de ‘colonial’. O ocorrido, entretanto, não foi nas vinícolas familiares inclusas no PEAF. O programa conta com vinícolas com idoneidade, que têm o acompanhamento de todas as entidades participando.

Agricultores de Cotiporã e Pinhal da Serra aproveitaram, também, para visitar e receber orientações a respeito da construção, instalação e registro de das vinícolas Vinhos Buffon, Casa Zottis e Vinhos Porão do Vale de Bento Gonçalves. O enólogo responsável pela Emater em Bento Gonçalves, Thompsson Didoné, acompanhou as visitas.
De acordo com ele, o trabalho está gerando ótimos resultados. “Até 2014, não se tinha possibilidade de registro de vinícolas familiares e hoje a gente já tem um número razoável de vinícolas e outro tanto em processo de registro. Significa que o pessoal está aderindo, está vendo que realmente é viável”, salienta.

Um fato interessante, segundo Didoné, é que muitos jovens estão permanecendo e até voltando às propriedades, em praticamente todas as vinícolas coloniais. “Em muitos casos, eles estavam na cidade e estão retornando pela agregação de valor que está dando à matéria prima, no caso a uva, com a venda dos vinhos. Também estão melhorando a qualidade, porque se você entra em um mercado, ele exige que você se qualifique”, explica.

Mais um fator importante é que não surgiu nenhuma nova vinícola. “Todas as propriedades eram de pessoas que já elaboravam vinho para seu consumo e que, tendo oportunidade de registrar, passaram a produzir um pouco a mais”, conclui.

Foto: Amanda Loesch