Sociedade Brasileira de Dermatologia recomenda o uso de filtro solar todos os dias, com fator de proteção 30 ou superior. Mapas climatológicos indicam a ocorrência de fenômeno La Niña

Durante o verão, sair mais de casa para passeios ao ar livre e se expor ao sol se tornam práticas frequentes. Porém, é importante cuidar da pele, para evitar queimaduras que podem gerar incômodo no cotidiano. Além disso, também é necessário ter proteção contra outros problemas como o câncer de pele.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), é preciso usar chapéu e roupas de algodão nas atividades ao ar livre, pois tecidos sintéticos bloqueiam apenas 30% da radiação ultravioleta. Para quem gosta de tomar banho de sol, a exposição solar entre 10h e 16h deve ser evitada e o óculos de sol é um item essencial para prevenir cataratas e outras lesões nos olhos.

Segundo a SBD, o filtro solar também é muito importante e no verão deve-se intensificar o uso do produto, que precisa ser aplicado diariamente, não apenas em momento de lazer. A recomendação é que se use o protetor com fator de proteção solar (FPS) 30 ou superior. A reaplicação deve ser a cada duas horas. Esse tempo diminui em casos de transpiração excessiva ou contato com água.

Proteção adequada

No verão, o aumento da sede é o aviso do corpo de que é essencial se hidratar. A SBD salienta que nos dias de temperatura elevada, a ingestão de líquidos como água mineral e suco de frutas deve aumentar. Além disso, utilizar hidratantes corporais também auxiliam a manter a quantidade de água adequada para a pele.

Alimentos podem ajudar a prevenir os danos do sol na pele, principalmente frutas e legumes de cor alaranjada ou vermelha, como cenoura, abóbora, mamão, maçã e beterraba. Isso ocorre devido a uma substância denominada carotenoides, que após a ingestão, se deposita na pele e tem ação antioxidante.

Tempo seco e calor intenso

No dia 21 de dezembro, às 7h02min, iniciou o verão no Brasil, estação na qual as temperaturas aumentam. Segundo a meteorologista Ludmila Pochmann de Souza, todos os mapas climatológicos indicam a ocorrência do fenômeno La Niña histórico. A previsão é de pouca chuva para o Rio Grande do Sul e com isso, possivelmente, haverá recordes de temperaturas no Estado nos meses de janeiro, fevereiro e março de 2021.

Na Capital do Vinho o calor poderá ser intenso, com a média das máximas ficando em 27ºC. De acordo com as normais climatológicas calculadas para estação meteorológica de Bento Gonçalves nos últimos 30 anos, as temperaturas máximas ficam na casa dos 27,5°C e mínimas de 17,7°C no mês de janeiro, para fevereiro são novamente de 27,5°C e 17,7°C e, em março, baixam para 26°C e 16,6°C.

Já a média de precipitação acumulada em janeiro é de 162,1 milímetros, fevereiro de 151,7 e março de 117,8. “Com a previsão de forte estiagem os valores previstos para a estação devem ficar em torno de 50 mm abaixo dos valores médios. Deve chover 100 mm acumulados em cada mês. Em março, se os prognósticos se confirmarem, pode ser que chova apenas 60”, salienta.

Com isso, a previsão é que o tempo permaneça seco nos três primeiros meses do novo ano. “É bom a população se preparar para poupar água e, possivelmente, para um racionamento, já que 2020 foi um ano fora do padrão de chuvas para o Estado e nossos reservatórios já estarem muito abaixo do normal”, conclui.