*Por Luísa Cobalchini Damasio

O varejo local enfrenta uma série de desafios diários: as oscilações econômicas, a concorrência com as grandes redes, o equilíbrio dos preços de venda e ainda a popularização das compras online. Em meio a todos esses desafios, existem muitas oportunidades de crescer e prosperar – afinal, abrir a porta da loja saudando o cliente pelo seu nome, só o varejo local pode proporcionar.

Se você passar pelas ruas da cidade e começar a observar os varejos, note a diferença de comportamento do cliente quando ele é recebido em uma loja por um vendedor com um sorriso no rosto e com um boas-vindas caloroso. Em um mundo de demandas online e offline, é normal estar sempre com pressa, porém simpatia e cordialidade fazem com que o cliente dedique o seu tempo ao estabelecimento. Afinal, o atendimento é sobre estabelecer conexões genuínas!

Um bom atendimento vai muito além de seguir um roteiro de vendas. Proximidade faz a diferença! Ouvir com atenção, entender as preferências do cliente, suas necessidades e seu momento de vida para, assim, ser assertivo na hora da venda. Tudo isso faz com que ele se sinta valorizado, criando uma conexão afetiva entre o cliente e o varejo. Essa conexão pode ir muito além do simples ato de compra e venda e, isso, as grandes redes não conseguem replicar.

As grandes redes estão cada dia mais preocupadas em criar processos padrões para todos os clientes, enquanto isso o varejo local deve se preocupar com a singularidade e a personalização dos atendimentos. Não se deve entender a empatia como uma estratégia e, sim, como uma forma de criar histórias com os clientes e passar a fazer parte da vida deles. Buscar criar uma experiência positiva e afetiva que se espalhará boca a boca, gerando assim uma carteira de clientes ampla, fiel e genuína.

O foco para o crescimento do varejo local não está apenas em garantir um produto de qualidade, está também na afirmação da importância das relações humanas. Abraçar histórias é a melhor estratégia de vendas. Pensar no processo é fundamental, mas não esquecer que a empatia é o coração do varejo na sua essência. Criar relações e histórias e não apenas vender produtos: este é e sempre será o grande diferencial do varejo local!

*Coordenadora CT Comércio