No começo desse ano escrevi nesse espaço que as expectativas para a área econômica do país não eram as melhores. Àquela época, início de novas administrações públicas federais e estaduais, via-se com certo pessimismo o ano de 2023 em termos de PIB, de taxa de juros, de investimentos e aumento da renda. Viu-se, no primeiro trimestre, um crescimento da economia melhor do que todos esperavam.

Veio o segundo trimestre e os números já diminuíram pois o AGRO, que tinha sido o responsável pelo crescimento no trimestre anterior, voltou ao normal e a economia como um todo, já enfrentou maiores dificuldades.

Divulgaram agora os números do 3º. Trimestre do ano e o Brasil ficou estagnado: 0,1%. Esse número é pífio. Isso se o número não for fruto de contabilidade criativa.

Os mais otimistas do governo federal, entre eles o ministro Haddad, falam que a economia vai crescer mais de 3% esse ano, o que seria muito bom se fosse palpável e se o governo federal fizesse sua parte.

Se ainda pudermos crescer esses 3%, o que garantir para 2024 com as contas públicas federais tem previsão de ROMBO de R$ 177,4 Bilhões?

Fazendo algumas contas: Bolsonaro deixou um superávit de R$ 59,7 bilhões ano passado. Foi aprovada a PEC da transição com mais R$ 150 bi de dinheiro para o orçamento. Gastaram-se esses R$ 210 bi e vai-se ter um déficit de mais R$ 177,4 bi. Ou seja, somente num ano, o orçamento público federal teve um gasto adicional de quase R$ 400 bilhões.

Além disso, outro dado importante para a economia como um todo mostra que as estatais, nesse governo, voltará a ter déficit (gazetadopovo) de quase R$ 6 bilhões (CNN).

E para piorar ainda mais, Lula vetou integralmente a desoneração da folha de pagamento de 17 setores importantes da economia brasileira, veto reprovado até por centrais sindicais pois se entende que isso vai na contramão da geração de emprego e renda, ou seja, pode aumentar o desemprego se o congresso não cancelar esse veto de Lula.

Como uma economia pode crescer concretamente se o próprio governo federal gasta, gasta e gasta? Como podemos ter uma redução da taxa de juros se o governo central gasta mais do que arrecada e não se preocupa com isso? Gastando mais do que arrecada e com uma dívida pública interna que se aproxima dos 80% do PIB, o governo tem que lançar títulos públicos no mercado e, para serem comprados, precisam de taxas de juros sempre mais altas. Isso não contribui com a redução da taxa SELIC. Esta pode até reduzir, o que pode acontecer, mas já se está prevendo que não se reduza tanto como se previa.

Como uma economia pode prosperar se a gestão das estatais gera rombos e mais rombos?

Como nossa economia pode prosperar se o governo federal não incentiva a geração de emprego aumentando os custos empresariais?

Esse governo precisaria mudar drasticamente seu pensamento econômico para que se possa equilibrar as contas públicas. Isso é zero déficit fiscal. Haddad quer isso para 2024. Será realmente buscado por todo governo? Será alcançado? Creio que não.

O Brasil não quebrará mas…….

Pense nisso, acredite em você e sucesso.