Joslaine Didone

Já repararam como é bom dizer: “o ano passado”? É como quem já tivesse atravessado um rio, deixando tudo na outra margem. O ano terminando e ainda nem tirei a roupa do carnaval, nem parei de comer o chocolate da páscoa e ainda nem sei com quem vou passar a virada. Estamos quase no último degrau de dezembro, foi tudo tão rápido, que sentada com um telefone na mão eu vi o ano passar. Começou com tantas promessas que eu acreditei e fui andando pelas nuvens, lutando com as chuvas pelo caminho. Tempo que cruel que você é! Me olho no espelho e sei que aprendi com todas as curvas. Hoje eu sei que sobrevivo com menos da metade das roupas que possuo, que liberdade pode bem ser ir só até o outro lado da rua, que o que conta é o hoje, que maiores que os meus planos são os planos da vida e cresci mais um pouco na alma.

Mas já tenho muitos planos para 2023 e para realizar tudo só preciso ganhar na mega da virada, é claro que se eu ganhar eu divido com vocês… a alegria! Minha meta é cumprir as metas de 2022 que deveriam ter sido cumpridas em 2021. Mas estou muito esperançosa que embora eu nunca tive uma vida de madame, que no novo ano haverá mais sintonia entre minha condição financeira e minha alma de madame, pois se somar 2+0+2+3 teremos como resultado o 7 e, esse número é meu dia de sorte nasci num dia sete,a verdade verdadeira que tudo aquilo que mais quero o dinheiro não compra, pois quero para mim uma vida de LUXO. Eu quero ter o luxo de viver sem pressa, ter tempo para contemplar a vida, eu quero ter o luxo de ser eu mesma, sem precisar impressionar, não quero roupa, quero agasalho. Não quero relógios, quero tempo. Não quero telefones, quero ligações. Não quero chocolates, quero doçura. Nas palavras e nos gestos. Não quero lâmpadas, quero luz. Brilho no olhar. Não quero desembrulhar presentes, quero desapertar o coração.  Não quero cadeiras, quero lugares. Há sempre lugar para quem nos quer bem. Não quero conversa, quero diálogo. Não quero embrulhos, quero abraços. Não quero encomendas, quero entrega. Não quero lembranças, quero memórias.

Eu quero viver o luxo de aceitar o que vier.  Manuel Clemente falou: “Viver em piloto automático é o que nos afasta da rota” então quando achar difícil amar o próximo lembre-se que você é o próximo de alguém, mas não vamos esquecer jamais que é uma crueldade apertar a alma para caber no olhar estreito de alguém. Dentro de alguns dias um ano novo vai chegar, e uma nova viagem começa, se não puder ser o maquinista seja o mais divertido passageiro, são mais 365 dias, novas outras 365 oportunidades de fazer diferente, fazer melhor, fazer mais, em alguns casos fazer menos, não vamos nos assustar com os abismos nem com as curvas que não nos deixam ver o caminho que está por vir, vamos procurar curtir a viagem da vida, observando a paisagem, desdobrando o mapa e planejando roteiros, sem esquecer de prestar atenção em cada ponto de parada e, quando decidir descer na estação onde a esperança lhe acenou não hesite. Desejo a todos que sua viagem pelos dias do próximo ano seja de PRIMEIRA CLASSE e, que ao final desse tempo possamos contabilizar quantas estrelas fizemos brilhar.

Feliz ano novo a todos!