Entidades representativas defendem e orientam lojas e empresas sobre o Decreto Municipal que passou a valer desde o dia 16 de abril; equipes de fiscalização da Prefeitura também trabalham para conscientizar população, em pontos de aglomeração, como pontos de ônibus

o fim da tarde da segunda-feira, 20, os coletes pretos das equipes do Ipurb, da Guarda Civil Municipal e de fiscais sanitários se destacavam em meio a aglomeração formada na movimentada parada de ônibus da Júlio de Castilhos, onde, em conjunto, trabalhavam aferindo a temperatura, distribuindo máscaras e orientando a população. Perto dali, ao longo da Via del Vino, em boa parte das vitrines já eram visíveis, em destaque, os cartazes de aviso, barrando a entrada de clientes sem o uso da proteção. Embora ainda possam causar algum estranhamento, cenas como essa devem se tornar comuns dentro de pouco tempo.

Cartaz em farmácia do Centro informa sobre a obrigatoriedade do uso de máscara


A exemplo do que já ocorre em municípios vizinhos, como Farroupilha e Caxias do Sul, a obrigatoriedade do uso de máscaras para entrar em ambientes fechados como lojas e transporte público, também passou a ser adotado por Bento Gonçalves. A normativa faz parte do último Decreto Municipal assinado pelo Executivo, que flexibilizou a reabertura do comércio e dos serviços. O documento entrou em vigor na quinta-feira, 16, após reunião dos chefes dos Executivos dos municípios que integram a Associação dos Municípios da Encosta Superior (Amesne) com o governador, Eduardo Leite.

Entidades aprovam medida

A exemplo de outras medidas preventivas que constam no Decreto, o chamado “uso massivo de máscaras”, foi uma das estratégias tomadas pela Prefeitura para assegurar a reabertura do comércio, serviços e indústrias em meio a pandemia do coronavírus. A medida é vista de forma positiva pelas principais entidades empresariais, que ansiavam pelo retorno das atividades econômicas.

Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BG), Marcos Carbone defende a recomendação como uma forma consciente de equilibrar o cuidado com a saúde e com a economia. Segundo ele, o CDL-BG tem trabalhado a orientação dos empresários, seja pelos materiais na internet, como em visitas aos estabelecimentos.

Na mesma linha, o presidente do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC-BG), Rogério Capoani, afirma que a entidade “tem trabalhado para auxiliar as empresas a cumprir a determinação, com o repasse de informação e orientações”. Conclui afirmando que, por meio de relatos, sabe que as empresas estão respeitando a medida.

Aglomerações preocupam Prefeitura

Parada da Júlio de Castilho no fim de tarde de segunda-feira, mostra pessoas com e sem máscaras

Enquanto as placas nas vitrines das lojas começam a inibir a entrada de clientes sem máscaras, a presença de passageiros sem a proteção no transporte público ainda é comum. Segundo o secretário de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Vanderlei Alves de Mesquita, a orientação é de que os fiscais incentivem as pessoas que não estão usando, a se protegerem. Ele reforça, ainda, que o uso também é obrigatório para os motoristas e que os ônibus devem ser higienizados após cada viagem.


O maior problema, contudo, é a aglomeração, seja nas paradas de embarque, ou mesmo dentro do transporte público. “As maiores reclamações são de aglomerações. Estamos fiscalizando, pedindo para manter a distância e espaçando os ônibus para que não cheguem no mesmo horário. Também aumentamos o número de ônibus para os horários mais movimentados”, conta.

Fiscais aferem a temperatura na parada da Júlio de Castilhos