Sim, deram um golpe – mas aceito quem entenda que foi “legal” o que fizeram para tomar o poder, sem votos – no ano passado. E agora um novo golpe está sendo gestado. Falo da reforma da previdência. É um golpe, sim, porque, mais uma vez e como sempre, o objetivo dessa gente é atingir exclusivamente o povo, a população, os mortais comuns. Funcionalismo público seja do executivo, legislativo, judiciário, militares ou seus apaniguados familiares têm “dereitos adequeridos”. Sei que a Constituição (uma colcha de retalhos feita sob peso e medida para “eles” a utilizarem e protegerem seus próprios “interésses”) é claríssima quando determina que “TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI”. Mas, os “mais iguais” não são afetados por essa determinação, quando não for a seu favor. Simples assim. O que pretendem fazer com a previdência não passa de mais um golpe. Preparem-se, portanto.

Dá para acreditar?

O governo desse um aí afirma que o déficit da previdência é insustentável e que o sistema tornar-se-á (toma, Temer, eu também sei usar mesóclise) inviável em curto prazo. Mas, eles têm o peito de dizer que os estados poderão analisar e fazer, SE julgarem conveniente, as reformas previdenciárias de seus próprios funcionários. Essa é a maior excrescência que esse governo, alicerçados por uma “base aliada” do seu mesmo nível (ela já foi “base aliada” do Sarney, do Itamar, do Collor, do fhc, do Lula, da Dilma e é agora do “sem temor”). Dá para acreditar que os 27 estados FEDERADOS possam ter uma previdência dos seus funcionários uma diferente da outra? Dá para acreditar que um, dois ou mais estados possam deixar de fazer a reforma previdenciária? Ou que os mais de 5.500 municípios tenham essa autonomia? Não, não dá. Duvido que uma mente equilibrada, que respeite o povo brasileiro, possa fazer uma merda dessas.

Os números não mentem!

A Band TV, dia desses, num de seus programas de debates, mostrou números assustadores na previdência do Brasil. Vejamos: a média das aposentadorias do INSS é de R$ 1.600,00; a média do poder executivo é de R$ 9.000,00; a média das aposentadorias do poder judiciário é de R$ 25.000,00; a média no poder legislativo é de R$ 28.000,00 e no ministério público a média é de R$ 30.000,00. Os números são da média, daí se conclui que há aposentadorias de valores menores e com valores beeeemmmm maiores que esses. O déficit da previdência dos mortais comuns, do INSS, com 30 milhões de aposentados e pensionistas, de 2001 a 2015, foi de 450 bilhões de reais. No mesmo período, o déficit do funcionalismo é de UM BILHÃO E TREZENTOS BILHÕES DE REAIS, três vezes superior, com um milhão de aposentados e pensionistas. Deveria ser uma diretriz sobre o caminho a ser tomado. Ou não?

Inacreditável!

Bento Gonçalves era cantada, em prosa e verso, pelo seu potencial econômico, pelo seu vinho, pelos seus móveis. Era notícia boa em todo o Estado, todo o Brasil e no mundo. Seu turismo cresceu muito e sua população via nascerem feiras e festas com sucesso garantido pela capacidade e competência de suas lideranças. Bento Gonçalves passou a ser conhecida e reconhecida a partir de 1967, quando a primeira FENAVINHO foi realizada. Pois é, mas agora passou a ser notícia ruim pelas ações do ministério público, da polícia e da vigilância sanitária. Diante disso tudo, a partir de agora já não basta termos cuidados extremos com a nossa segurança. Precisamos redobrar os cuidados com o que compramos e nos alimentamos. Vai saber o que alguns estão nos entregando em troca do nosso suado dinheiro. O que precisamos saber, agora, é se essas ações das autoridades serão constantes ou foram pontuais.