Nesta semana a assessoria de Comunicação da Prefeitura enviou release para a imprensa anunciando boas novas. Vou comentar sobre a que julgo de maior importância para a comunidade: a saúde. A retomada das obras da Unidade de Pronto Atendimento é a maior, a principal, a mais importante para a população. O projeto do ex-prefeito Lunelli previa uma UPA Tipo III, com a complementação de Unidade de Internação e a possível meta de concluir tudo com o que denominou de “Hospital do Trabalhador”. As eleições de 2012 impuseram a Lunelli uma derrota. Ela, aliada a uma situação financeira extremamente difícil, além da determinação da suspensão de todas as obras, fez com que a UPA sofresse perigosíssima paralização. Com a paralização das obras e com o Pronto Atendimento 24 Horas instalado, precariamente, nas áreas antes ocupadas pela administração da saúde e da Unidade Básica Zona Sul – a administração foi deslocada para o prédio onde está a Secretaria da Mobilidade Urbana, na Rua 10 de Novembro – o atendimento ficou bastante prejudicado. Em novembro de 2012, o então Secretário Alex Baretta, que respondia também pela Saúde, apresentou ao Conselho Municipal de Saúde uma proposta de utilização de uma verba de 900 mil reais para a retomada das obras da UPA, que já estava sofrendo ação do tempo. Infiltrações e desgastes ocorriam e poderia – o que acabou acontecendo – causar prejuízo às obras já concluídas. A verba seria destinada à aquisição de materiais e equipamentos para a UPA. O argumento de Baretta era que materiais e equipamentos poderiam ser adquiridos depois e que a conclusão das obras era prioridade. O Conselho de Saúde negou. Obras paradas e a ação do tempo provocaram o que se viu. Agora, quando é anunciada a retomada das obras, se sabe que o custo de conclusão aumentou. Tomara que a UPA seja colocada à disposição da comunidade com brevidade. Obviamente não serão as novas instalações que acabarão com as filas para o atendimento. As filas jamais terminarão porque, a cada dia, mais e mais gente procura atendimento e não será essa administração municipal ou qualquer outra que acabará com elas. Particularmente, não entendo os motivos pelos quais a retomada das obras da UPA demoraram tanto tempo. A arrecadação da Prefeitura seguiu seu curso normal. Outubro, novembro e dezembro proporcionaram arrecadação no montante de R$ 84.897.384,43, enquanto janeiro, fevereiro e março renderam R$ 75.270.673,36. A soma desses últimos seis meses – três de Lunelli e três de Pasin – atingiu R$ 160.168.167,79. Como em janeiro o Prefeito Pasin decretou moratória por seis meses, mesmo para os débitos com contratos líquidos e certos como da Fundação Araucária, deixando a empresa inadimplente até hoje com os funcionários demitidos a partir de novembro, certamente deve haver muito dinheiro em caixa para começar a pagar as contas e dar sequência às obras paralisadas.