Enquanto o Peru foi o berço da Vitivinicultura espanhola na América, o Padre Roque Gonzales foi o precursor e introduziu a videira no Rio Grande do Sul.

Os Jesuítas tinham plano de implantação agrícola e, sua vocação era fixar o homem nativo à sua terra.

Em 1737, ocorreu a imigração de açorianos no litoral gaúcho que fundaram Porto Alegre e distribuíram na região litorânea, vinhas de origem portuguesa, entretanto sem se constituírem em vinhedos de grande expressão. A origem dessas videiras era a Ilha dos Açores e Madeira.

De qualquer maneira, o cultivo da videira tomou expressão acentuada após a chegada dos imigrantes italianos nos altos da serra, a partir de 1875, que no inicio, a cultivaram para o consumo da família e, posteriormente, por volta de 1890 às safras eram tão surpreendentes que já houve possibilidade de iniciar a comercialização do vinho para a capital do Estado.

O imigrante italiano, afeiçoado à viticultura por tradição e por vocação, viria a cultivar a videira em sua terra, como já o havia feito os imigrantes que se estabeleceram em outras regiões da América.

Assim surgiram em nossa região, outras culturas, como a do pêssego. A origem da fruta é da China. De lá para a Pérsia. Após se espalhou pela Europa. Os romanos a chamavam de maçã da Pérsia. No Brasil, segundo relatos históricos, foi trazido em 1532, por Martin Afonso de Souza e foi plantada na Capitania São Vicente no Estado de São Paulo. Em nossa região, com a vinda de estudos do clima favorável, iniciou pelos imigrantes com a finalidade de diversificar as plantações.

No início, o transporte era feito em lombos de muares: das propriedades rurais, das trilhas, dos vales e encostas até pequenos núcleos ou povoados, onde havia uma casa de comércio ou armazém colonial, que negociava os produtos dos agricultores, geralmente por escambo, isto é, por troca de um produto por outro. O vinho era alojado em dois barris de 40 litros cada, colocados um em cada lado do lombo do animal, formando filas de até 10 ou 12 animais, que percorriam a distância entre a propriedade rural até o comerciante. O agricultor prazerosamente vinha tendo o espelho de uma nova e promissora cultura para toda a região colonial italiana. E o tempo demonstrou que ele não havia se equivocado.

A História do nosso município registra o percurso do nosso progresso, com o alicerce na vitivinicultura. A luta de várias lideranças, com visão de futuro, fez uma grande marca HISTÓRICA em 1967. Bento Gonçalves era visitada por milhares de pessoas motivadas pela propaganda da cultura de um povo trabalhador que conquistou o seu espaço de uma nova civilização. A Festa Nacional do Vinho. “FENAVINHO”.

Assim também Pinto Bandeira, iniciou este ano de 2020, nos dias, 10,11 e 12 de Janeiro, com a Festa do Pêssego demostrando os valores do seu povo. A festa foi um Grande Marco Histórico. No nosso olhar, ESSAS FESTAS SÃO MANIFESTAÇÕES DO POVO. PORTANTO É PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DO NOSSO POVO… É UM ESTILO DE VIDA E UM COMPONENTE DE UMA CIVILIZAÇÃO.