Há menos de um ano, Rogério Paulino dos Santos foi diagnosticado com câncer e contou com a comunidade para iniciar um tratamento caro para buscar sua recuperação. Hoje, ele precisa de auxílio para sua esposa, que sofre as consequências do rompimento de um aneurisma cerebral

Uma família feliz e batalhadora viu seus sonhos irem por água abaixo em março de 2019. Uma aparente pinta em meio ao cabelo de Rogério Paulino dos Santos, funcionário público, 49 anos, se transformou num melanoma, diagnosticado posteriormente com metástases no fígado e nos pulmões. Foram seis meses que ele quer apagar da memória. “Sem querer acabei causando uma lesão na mancha e vi ela crescer rapidamente, mudar de cor e de formato, tudo aquilo que a gente vê na mídia e que falam que é perigoso e grave. Fui buscar ajuda e o diagnóstico foi justamente o que eu não queria. Desanimei, chorei, pensei o pior todos os dias. De cara já queria desistir, pois sentenciei minha morte. Sou avô e tenho uma filha de dois anos. Minha vida parecia ter acabado naquele momento”, lembra Rogerinho, como é mais conhecido.

Por ter trabalhado muitos anos com sonorização em festas e outros eventos, Rogerinho tem uma ampla rede de amigos. Além disso, ele é funcionário público concursado na Prefeitura de Bento Gonçalves como eletricista há cerca de 30 anos. E foi através da ajuda de amigos, que ele viu suas esperanças serem renovadas. “Meu sogro e eu estávamos fazendo quimioterapia juntos. Ele, por problemas no intestino e eu, pelo câncer de pele e pelas metástases. Minha esposa sempre nos acompanhava nas sessões. Era um de cada lado e ela, forte, aguentando o tirão”, lembra.

Rogerinho não respondeu da forma esperada às quimioterapias e, desta maneira, foi necessário iniciar um tratamento caro, indisponível à época pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com um medicamento chamado Keytruda. Cada dose, aplicada de 20 em 20 dias, custava R$ 36.340,00. Para aguentar as dores e as dificuldades para respirar, somente com muita morfina. No dia 7 de setembro de 2019, um jantar realizado no CTG Laço Velho reuniu cerca de 800 pessoas, que se sensibilizaram com a situação e apoiaram o início do tratamento. Logo após, o valor de R$ 145 mil foi bloqueado pela justiça das contas do Município e R$ 145 mil das contas do Estado, visando custear a medicação. A boa notícia não demorou para chegar. Hoje, o remédio é oferecido pela rede pública, e o paciente consegue a mesma a cada 20 dias, para realizar a aplicação.

Porém, logo após o início do tratamento, mais especificamente no dia 4 de outubro de 2019, o sogro de Rogerinho veio a falecer. A filha, muito apegada ao pai, e com o marido teoricamente na mesma situação, não suportou o pesado fardo. Na madrugada de 10 de outubro, Rogerinho se acorda com a esposa, Alessandra da Rocha, 35 anos, em forte convulsão e, imediatamente, a leva para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24 horas. Lá, uma série de exames constatam que as dores de cabeça que a mesma sentia há dias não foram acarretadas somente por um estresse de momento e, sim, por um aneurisma rompido.

Logo a paciente foi encaminhada a Caxias do Sul e internada no Hospital Pompeia, onde já passou por 10 cirurgias. Seu estado é praticamente vegetativo, sendo que o lado direito do corpo está totalmente paralisado. Ela não fala, se alimenta por sonda gástrica e realiza as necessidades fisiológicas em fraldas.

Hoje, a família passa por sérias necessidades, uma vez que Alessandra tem uma filha de 14 anos e outra de dois. “Estou sustentando as meninas, indo e voltando a Caxias do Sul uma ou duas vezes por dia, pagando uma cuidadora para ficar com a Ale à noite, porque preciso cuidar das pequenas. Pedi uma licença no meu trabalho para ficar com elas. Mas a situação financeira está caótica. Pagar a cuidadora e o combustível de todo o dia está consumindo todo o meu salário. Minha esposa é artesã e não tinha rendimento fixo”, lamenta.

Se não bastassem as questões relacionadas à saúde do casal, a filha Rayssa, de apenas dois anos, tem sérias restrições alimentares e ainda mamava no peito da mãe. Ela precisa de um leite especial, chamado Althéra, que custa em torno de R$ 100 a lata.

Ajude

A mãe de Alessandra, Ivani Kerni, criou uma vaquinha online para angariar fundos. A vaquinha pode ser acessada no site Vakinha. Os auxílios podem ser feitos de forma anônima. Há também uma conta corrente no Banco Sicredi, agência 0167, de número 61.631-1, em nome de Rogério Paulino dos Santos (CPF 532.142.770-49) onde as pessoas interessadas em auxiliar podem realizar depósitos de qualquer valor.

Foto: Arquivo Pessoal