Sexta-feira, 15, celebra-se o Dia do Professor. A data foi estabelecida em 1936, para ressaltar a importância do profissional

Ainda na adolescência, quando começou a refletir sobre qual carreira profissional ia escolher para a vida, Paloma Milani carregava apenas uma certeza, o desejo de ser lembrada por algo bom que fizesse pela sociedade. Hoje, aos 27 anos, formada em pedagogia desde março de 2019, a jovem garante que fez a escolha que possibilita o antigo desejo. É por ela e todos os outros professores, que na sexta-feira, 15, comemora-se o Dia do Professor.

Paloma entrou no magistério em 2009, desde então, sempre teve contato direto com crianças. Há quase três anos, atua justamente na área da Educação Infantil, em duas escolas de Bento Gonçalves. Para ela, esse é um trabalho que deixa marcas. “É ter a oportunidade de transformar vidas e, com isso, provocar uma profunda transformação interior. É humanizar-se potencialmente por meio das vivências e trocas com as crianças”, define.

Questionada sobre como se sente realizando a profissão, ela afirma que viva. “O amor está presente em meus planejamentos e sobretudo em minha prática. Me sinto amada e abraçada pelas crianças. Elas me movem, me motivam a fazer mais e a ser uma pessoa melhor”, destaca.

Além disso, a professora conta que sente constantes inquietações. “Acredito que elas provocam em mim a sede pelo conhecimento e, consequentemente, potencializam a cada dia o meu trabalho nas escolas”, conta.

Em relação aos desafios de ser professor, ela acredita que um deles é a visibilidade da importância da educação. “Do seu efeito transformador e humanizador. Quando as famílias abraçam o trabalho, os resultados são evidentemente mais eficazes”, aponta.

Outro ponto que ela observa é quanto a configuração atual dos colégios, já que percebe que as crianças chegam com novas demandas. “É necessário acompanhá-las, as formações continuadas são fundamentais”, analisa.

Para compartilhar conhecimento

Paloma e Maurício Schäfer tem em comum a mesma profissão. A diferença é que ela atua na base, com as crianças. Enquanto Schäfer trabalha com pessoas que carregam o anseio de aprender sobre a profissão que pretendem seguir. Ele é professor e Coordenador do curso de Engenharia Civil na Universidade de Caxias do Sul, no Campus Universitário da Região dos Vinhedos.

Decidiu seguir esse caminho por uma causa nobre. “Para conseguir passar minha experiência e conhecimento aos estudantes, pois gosto muito de me comunicar/conectar com as pessoas e à docência proporciona isso continuamente”, conta.

Desenvolvendo o trabalho há seis anos, o profissional conta que sente felicidade dentro de uma sala de aula. “A troca de conhecimento somada com a vontade de aprender do estudante, é como um combustível, para qualquer professor. Além disso, a contribuição para a formação de um profissional qualificado, com capacidade de resolver problemas é outro fator que me anima”, salienta.

Como em outras profissões, ele avalia que os desafios são constantes, mas pontua que o desejo do aluno querer aprender é um deles. “Esse é o principal desafio, envolver o estudante, mostrar que vale a pena o aperfeiçoamento, demonstrar que qualquer tipo de conteúdo tem importância e que conhecimento nunca é demais, mas sim uma possibilidade de mudança e destaque no mercado de trabalho”, frisa.

Ensinar é um compromisso

Ivone Tomasi atua há 41 anos nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Amante da profissão, ela afirma que ser professora é prazeroso, mas exige muita dedicação. “É um compromisso consigo mesmo. Vai além do ensinar e aprender”, pontua.

No período mais crítico da pandemia do coronavírus, onde as aulas presenciais foram suspensas, Ivone lembra que dar aulas de forma remota não foi uma tarefa fácil para professores e famílias. “Todos tiveram que se esforçar ao máximo para realizar as tarefas propostas”, afirma.

Contudo, foi neste momento que a profissão ganhou ainda mais destaque na sociedade. “Se viu que a presença do professor é muito importante na aprendizagem. A tecnologia está aí para nós auxiliar, mas não substitui o profissional”, garante.