Nos últimos dias do ano, Laudir Piccoli assumiu a presidência do Centro da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Bento Gonçalves. A partir de agora, o ex-presidente da ExpoBento assume a responsabilidade da entidade em período de dificuldades econômicas e muitos desafios. Entretanto, Piccoli aposta em uma melhora do cenário político-econômico brasileiro a partir do segundo semestre. “Para 2016, acredito que a economia continue em recessão no primeiro semestre e partir do segundo semestre comece a melhorar. Para isso é preciso que sejam resolvidas as questões políticas, o que promoverá o aumento do crédito do país resultando em mais consumo e novos investimentos”, salienta.

Leonardo Giordani, que esteve à frente da entidade em 2015, também precisou enfrentar as dificuldades que começaram ainda em 2014, mas ações em conjunto com as indústrias ajudaram a manter as boas expectativas para 2016. O ano que passou também foi marcado pelo centenário da entidade e uma série de comemorações lembrou a importância da atuação do CIC em Bento Gonçalves.

Para o seu mandato, Piccoli espera encontrar soluções para enfrentar as dificuldades, principalmente nos setores mais atingidos como o metalmecânico e o moveleiro. Segundo ele, a falta de crédito e os juros altos têm ocasionado a redução do consumo, principal fator que precisa mudar para 2016. “O atual momento é delicado e exige muita atenção. Reduzir custos, rever processos e esperar que o momento político melhore, sempre trabalhando bastante e focado na rentabilidade do negócio, pode ser uma alternativa para os empresários. Acredito que a solução parcial para demissões e a melhora da economia vem com a qualificação profissional, precisamos inovar e trabalhar muito pensando sempre no progresso”, destaca.

Apesar das dificuldades que apontam surgir, o presidente do CIC/BG destaca que a união entre as cidades da região pode ser positiva para um crescimento em conjunto. Além da junção de forças, o trabalho contínuo também deve amenizar a situação. “A união entre municípios da região cria o fator positivo na construção de soluções que atendam a demanda dos municípios com necessidades e projetos em comum. Deixo a mensagem de que as crises sempre aconteceram, são cíclicas, e a solução é continuar trabalhando bastante”, finaliza.