Os gaúchos foram educados, basta ver as comemorações da Semana Farroupilha, na base da coragem, armas, botas, bombachas, cavalo, cancha reta, bolandeiras e por aí vai. De repente, não mais do que de repente, assim como veio a Lei Seca veio o reconhecimento de que “somos todos iguais perante a lei” e adotou-se a união estável, o casamento gay e outros direitos mais envolvendo os homossexuais. E também combate-se, “a ferro e a fogo”, a discriminação racial. Tudo bem, é a evolução, mas há um porém, é preciso andar “devagar com o andor que o santo é de barro”. Em Livramento, terra de muitas batalhas farroupilhas, marcaram um casamento coletivo, entre os casais havia casal gay (lésbicas), e onde? No CTG. Resultado: incendiaram o CTG e abalaram a estrutura social da cidade. Na Arena do Grêmio, assim como na Montanha dos Vinhedos, as direções dos clubes não souberam cuidar dos torcedores e dos juízes, veio a discriminação, era preciso administrar isso, como fez o Flamengo no jogo com o Grêmio, protegeu todo mundo e nada aconteceu de anormal, esperava-se manifestações anti atos de racismo partido da torcida do Grêmio. E, na lei seca, impõem-se penas, discutidas judicialmente para punir infratores diante da “ameaça de dano”. Não se transforma uma sociedade de uma hora pra outra, o processo é lento e inicia nos bancos escolares. É aí que as crianças e os jovens vão aprender a respeitar regras de trânsito, dirigir com educação e civilidade, é ali que os jovens vão crescer, se educados, sem sentimentos racistas e sem discriminar a comunidade gay. Onde estão esses movimentos da consciência? Enquanto eles não vem vamos aplicando a “dura Lex sed Lex”, criando reações sociais das mais diversas o que não vende bem, aqui dentro e lá fora, o conceito das sociedade brasileira.

A Estação

Eu entendo que a Estação Bangalô se enquadra numa das mais importantes casas noturnas do interior do estado, é importante para os jovens e para o movimento turístico. Mas, é preciso se conter de exageros. Aquele front light publicitário ostensivo na frente da casa noturna é agressivo e inadequado, vende mal Bento. E, contrastando com os carrões estacionados, o terreno alugado do Centro da Indústria e Comércio, que é utilizado para estacionamento, tem a cerca caída, tela enrolada e abandonada e, constantemente, lixo jogado e não recolhido bem ao lado da Casa das Artes e do Museu. Este espaço fica à disposição da municipalidade para que diga quanto de imposto a casa paga para projetar anúncios publicitários para a via pública. E pergunto: não tem um dinheirinho para fazer uma cerca nova, legal, caprichada? Ou é o CIC quem tem que fazer isso com dinheiro do aluguel? É preciso construir uma Bento melhor também na cabeça das pessoas, se podemos fazer melhor porque não fazemos? A propósito do lixo, a empresa poderá invocar que deveria haver lixeiras em todas as cercanias para criar o hábito e educação dos jovens no sentido de que lugar de lixo é nas lixeiras? O custo de dez lixeiras equivale a um pneu de um carrão, diga-se.