As cooperativas haviam demonstrado que a vinificação da uva Isabel, controlada pela moderna técnica enológica, dava pra melhorar, consideravelmente, o vinho comum até então produzido.

Nas adegas dos Irmãos Maristas, podia-se degustar vinhos que, embora de Isabel, apresentavam boa qualidade. O mesmo se verificava em algumas cantinas de viticultores mais esclarecidos.

O vinho de Barbera de Antonio Pieruccini; o Bordô da granja Progresso de Alberto Bins; os vinhos viníferas elaborados de Carlos Dreher Filho, os da granja Santo Antônio e os de outras cantinas, eram testemunho do futuro promissor que poderia atingir a enotecnia sul-rio-grandense.

Escassos eram os conhecimentos técnicos dos agricultores, que realizavam milagres de produção apenas pela vontade de dominar a natureza e pelo trabalho diuturno a que se entregavam para garantir e melhorar a subsistência para suas famílias.

Os imigrantes provenientes de um hemisfério antagônico do nosso e sem guias, pela deficiência das vias de comunicações e seus descendentes, sem escolas, sem instrutores técnicos, repetiam o que tinha aprendido com seus pais.

O novo Ministro da Agricultura, conhecedor dessa situação, procurou tomar a linha de frente, embora as dotações orçamentárias fossem deficientíssimas, ainda em 1920 cria a Estação de Experimentação do Rio Grande do Sul, com sede em Osório. Destinava-se à investigação e à pesquisa de três importantes lavouras do estado, dividido em três regiões. A da cana-de-açúcar, em Osório; a de Viticultura e enologia em Caxias do Sul e a de triticultura, em Alfredo Chaves, hoje Veranópolis.

Em Bento Gonçalves, em 1921, a sede administrativa, dispunha do laboratório enoquímico e da adega experimental, embora bem modesta. Torna-se, assim, apta para o ensaio tecnológico das diferentes castas que cultiva para demonstrar aos vitivinicultores da região, as vantagens de uma variedade e os processos mais convenientes de vinificação dos diferentes tipos de videiras.

Em 1927 a Estação Experimental importa, da França, primorosas viníferas, de híbridas e de porta enxertos, que reproduzidas mais tarde em seus viveiros, tanto contribuíram para melhoramento vitícola do Rio Grande do Sul.

De 1920 a 1930, verificou-se a fase inicial da transformação da viticultura da Região Nordeste do Estado que alcança o apogeu durante a década subsequente.

FELIZES SOMOS NÓS QUE VIVEMOS A SAFRA DO NOSSO TEMPO… A NOSSA REGIÃO É PRIVILEGIADA PELO PROGRESSO E DESENVOLVIMENTO…

SOMOS PREJEÇÃO NACIONAL E INTERNACIONAL…

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