“TRADUTOR OFICIAL!”
Quando Dilma Rousseff presidia o Brasil o fazia por conta e risco. Ela não tinha um “tradutor oficial” como vice-presidente, já que Temer era inimigo na trincheira. Então, como ela tinha dificuldades de se manifestar quando improvisava, viraram memes na internet alguma de suas declarações, como aquela em que tinha por objetivo enaltecer a importância da mandioca na alimentação das famílias brasileiras menos abastadas ou aquela em que mencionava a “impossibilidade de se estocar o vento”, com o que, portanto, o consumo da energia elétrica produzida deveria se utilizada imediatamente. Por essas e por outras, Dilma foi ridicularizada inúmeras vezes. Azar o dela por não ter um “tradutor”.

“TRADUTOR OFICIAL II!”
Pois isso não está acontecendo com o novo presidente, Jair Bolsonaro. Ele continuou mantendo o hábito de fazer pronunciamentos nas redes sociais, certamente esquecendo que seus 28 anos como deputado, passando por nove partidos, já fazem parte do passado. O problema é que suas “declarações” nas redes sociais têm o peso, agora, da presidência da república e, portanto, de ampla repercussão e importância. Como ele nunca teve o cuidado de medir suas palavras, as repercussões têm sido mal recebidas até mesmo por muitos de seus seguidores, admiradores e, mesmo, pela imprensa mundial. Mas – e aqui reside a grande diferença -, Jair Bolsonaro dispõe de “tradutores” oficiais. O seu vice, General Mourão, tem se esperado na “tradução” de suas declarações.

POUCO TEMPO DE GOVERNO?
Sim, claro, Bolsonaro tem apenas 70 dias de governo. Não é lícito se esperar que ele resolva todos os problemas brasileiros. Mas, ele pode, sim, preservar a liturgia do cargo medindo as consequências de seus pronunciamentos. Se fizer isso, o general Mourão não precisará “traduzir” o que “ele quis dizer” ou que “ele foi mal interpretado”. Sua declaração, em pronunciamento diante de militares, não precisa de “tradução”, obviamente. O que precisa é que PENSE nas palavras ANTES de pronunciá-las, já que, agora, é o presidente da República. Dilma não tinha “tradutor” e pagou micos homéricos por isso. Bolsonaro está fazendo seu “tradutor oficial” e seus assessores diretos assumirem os micos. As redes sociais já dispensaram “tradutores”. Basta ver o que circula nelas.

NOSSAS RODOVIAS
Finalmente! Nossas “rodovias” – que mais parecem estradinhas carroçáveis – passaram a ser alvo da imprensa da capital do Estado. Os usuários da ERS-446, entre Carlos Barbosa e São Vendelino; a RS-453, entre Bento/Garibaldi e Farroupilha; a RS-122, entre São Vendelino/Farroupilha e Caxias estão saturados com o desrespeito dos sucessivos governos do Estado. Se paga horrores de IPVA, de impostos sobre combustíveis (“módicos” 42,85% sobre o valor por litro que o próprio governo determina), de pedágios, de impostos sobre todos os gastos com o veículo e temos ESTRADINHAS desse quilate?

MAS, E O DAER?
E o DAER dizendo que “falta asfalto”? Ora, ora!! O que está faltando é RESPEITO, pura e simplesmente. Aliás, creio que os governadores e os demais responsáveis deveriam ser OBRIGADOS a transitarem por essas estradinhas dirigindo o próprio carro, com a esposa, filhos, a mãe e a sogra. E isso à noite, de preferencia com chuva e neblina, duas vezes por semana, no mínimo, só para eles verem “o que é bom pra tosse”. Quanto ao DAER, será que estão esperando o tempo passar para extingui-lo? A conta? Bem, a conta, como sempre, nós, otários proprietários de veículos continuaremos pagando, bovinamente.

É VERDADE! ACREDITEM!
O que todos os brasileiros conscientes sabiam foi escancarado para conhecimento de todos: o verdadeiro “EXÉRCITO” de funcionários que compõe o “município” chamado Congresso Nacional. Sim, quantos municípios brasileiros possuem o número de habitantes equivalente ao número de funcionários desse “município” engravatado de Brasília? Pois o Correio do Povo, edição de 06 de março, página 4, aponta números estarrecedores: são 11.817 cargos comissionados que significam 80% do quadro funcional, ou seja, no total são mais de 14.500 funcionários. E pode aumentar, com os novos parlamentares. E são 513 deputados. E há o senado, também, NOVE mil funcionários, aproximadamente. No Congresso, portanto, “habitam” mais de 25 mil pessoas, muitas das quais exercem suas “funções gratificadas” no próprio município do parlamentar. Viva o Brasil! Viva os brasileiros, que aceitam tudo isso e pagam a conta!

ÚLTIMAS

Primeira: Ontem, dia 8, foi o Dia Mundial da Mulher. Todos os dias são delas, mas um foi escolhido para representar todos os demais dias. Cumprimentá-las, efusivamente, por tudo o que representam, é um dever de todos nós, homens;

Segunda: Na pessoa da minha Bete, com quem comemorei 24 anos de casamento no dia 4, quero cumprimentar a todas as mulheres. Ah, se não fossem vocês, o que seria de nós, homens? Nem é bom pensar;

Terceira: O ex-ministro Reinhold Stephanes afirmou que, se não for feita uma reforma completa na previdência, dentro de quatro ou cinco anos uma nova terá que ser levada a efeito. Alguém acredita que teremos, mesmo, uma “nova previdência”?

Quarta: Pelo que se tem ouvido, vindo das “autoridades”, categorias sempre apaniguadas, continuarão sendo. Já a “plebe” será duramente atingida, creiam;

Quinta: Bolsonaro falou as “especificidades” das forças armadas. Alguém poderia explicitá-las, para que os mortais comuns entendam e, principalmente, aceitem?

Sexta: Perguntei quantos pedestres haviam sido atropelados na rua Barão do Rio Branco por causa dos táxis estacionados no lado esquerdo dela, a exemplo da rua Mário Mônaco, ao lado do INSS. Resposta: NENHUM!

Sétima: Mas, na rua Ramiro Barcelos, onde inventaram um zigue-zague ridículo, acreditam que isso pode acontecer. Fazer valer o artº 49º do CTB, nem pensar;

Oitava: Quem fotografar alguém usando um ORELHÃO para telefonar, basta enviar para a coluna e ganhará uma água mineral sem gás de brinde. Enquanto isso, cuidado para não bater com a cabeça numa dessas inutilidades;

Nona: E deu a lógica! O Esportivo venceu o Frederico. Agora é bater o Passo Fundo, no campo deles;

Décima: E os gremistas precisam ficar antenados. O Inter é candidatíssimo ao título da Libertadores, o que provou na brilhante vitória contra o Palestino. Mas, no fim de semana, temos o ruralito.