Escrevi uma crônica sobre o roubou da cerca de meu terreno. Na ocasião desejei ao ladrão uma tremenda dor de barriga e outras pragas mais. Certamente tal ladrão deve ter medo de outros ladrões para ter que roubar uma cerca. Coitado, mas que tenha aquela dor.

Para atender aos preceitos municipais, limpei o terreno, refiz a calçada e coloquei uma cerca nova com novos postes de concreto e tela plastificada para durar um tempo maior.

Não deu outra: o ladrão voltou e só deixou a calçada e os postes de concreto, que ainda estão lá e não sei por quanto tempo. Passo por lá vez por outra para apenas saber se já foram roubados.

Uma vergonha mas tem casos piores do que o meu.

Sei de residência em meu bairro que em três meses tive dois casos de assalto por quadrilheiros armados. Outros tiveram seus carros roubados e a notícia que corre solta é que são sempre os mesmos meliantes, com uma ficha policial extensa e que não ficam presos por não ter lugar disponível no presídio.

Incrível é que policial que mata bandido pode perder o emprego e responder criminalmente. Incrível é quando um policial baleado em serviço tem sua carreira profissional prejudicada. Incrível é que os direitos humanos são voltados para os direitos dos bandidos e nenhuma pessoa daquela causa foi visitar meus amigos e vizinhos assaltados.

No meu caso, do roubo da cerca, não foi nada. Podem até roubar os postes de concreto e as pedras da calçadas que não tô nem aí.

Tem casos muito piores que o meu acontecendo na cidade.

O que dói, no fundo da alma, é que fui TEIMOSO E BURRO. Teimoso por ter reposto a cerca no lugar da que foi roubada e burro por ter escolhido uma melhor do que a cerca anterior.

Agora vai ficar assim como está. Vai ter mato no terreno, não terá cerca nova e talvez até eu coloque o imóvel a venda. Não quero ter propriedades para me preocupar.

E você leitor, tranque melhor as portas da casa, fique atento com as pessoas estranhas que perambulam por perto de suas residências e acudam os vizinhos. Estamos só nas mãos de Deus!