Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Bento Gonçalves garante que causadores da poluição serão punidos, assim que forem identificadas as responsabilidades

Pela segunda vez em três meses o Arroio Pedrinho, no bairro Vinosul, Vale dos Vinhedos, foi atingido por uma grande quantidade de espuma branca. O caso mais recente, que chamou a atenção de moradores, na última semana, está sendo apurado por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMAM).

As evidências iniciais indicam possível descarte irregular de efluente não tratado. Os fiscais verificaram empreendimentos do entorno, mas não fixaram prazo para encerrar a averiguação. “Estamos na fase de levantamento de dados para apurar suspeitas. A fonte poluidora será punida conforme a legislação ambiental vigente”, declarou a Prefeitura de Bento Gonçalves, por meio da Assessoria de Comunicação.

A preocupação da comunidade das imediações é se a espuma é tóxica e prejudicial à saúde. De acordo com o Executivo, não há como precisar a informação, ainda. O motivo seria o forte volume de chuvas da última sexta-feira, 17, que teria dispersado o material rapidamente, impedindo a coleta de amostras para análise. Em agosto deste ano, a equipe da fiscalização também constatou o surgimento de espumas no mesmo arroio. O processo está em tramitação.

Gilnei Rigotto, secretário da Associação Ativista Ecológica de Bento Gonçalves (AAECO), pontua que o problema é recorrente e, inclusive, acontece em outro afluente da cidade. “Existe o Arroio Barracão, que têm problemas semelhantes e soluções complexas da mesma forma. Tem uma ETE no Barracão, onde foi investido R$ 25 milhões, e está parada. É o maior absurdo ambiental da cidade, atualmente”, fala.

O secretário da AAECO diz que no dia o órgão esteve no local com os fiscais da Prefeitura, quando verificaram resquícios de espuma em uma empresa próxima ao Arroio. “Foi solicitado documentos que ainda não haviam sido entregues a SMMAM, pedidos na primeira vez que houve fato semelhante. Na época, o local foi interditada pelos fiscais”, relata.

A AAECO vai solicitar urgência na liberação de drone de longo alcance – já aprovado pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Condema) – para realização de fiscalização e investigação de casos de poluição, entre outros encaminhamentos feitos ao órgão.