Estou passando por momentos em que frouxos de risos me provocam intensas dores abdominais. E, claro, não é por estar acometido de alguma doença. Estou rindo adoidado é da cara daqueles que demonstram “surpresa” diante das bombásticas gravações (vejam bem, “gravações”, não é a pura e simples aplicação da teoria do “domínio do fato”) que vieram a público esta semana. E estou rindo, também, daqueles que me chamavam de “petista” porque eu afirmava, categoricamente, que os partidos políticos brasileiros eram todos, todos, literalmente todos, farinha do mesmo saco. E me chamavam de “petista” pelo fato de eu não demonizar “só o PT”. Os “seletivos” queriam manter seus corruptos favoritos preservados. Surpreenderam-se? Ora, ora, se disserem que sim terei convulsões de risos.

Sem virgens, senhores!

Outra frase que cansei de escrever na coluna foi que “não há virgens na zona política brasileira”. E havia quem interpretava essa frase escrita por mim como “ele é petista!” Ah, ah, ah… E eu respondia que estava longe de ser petista, mas anos-luz de ser mal informado ou fanático partidário. Será que agora ainda existirão aqueles que acham que o seu partido é melhor que os outros? Será que ainda existirão aqueles que defenderão “malvados favoritos”? E, vejam bem, as gravações desta semana, de Sarney, Renan e Machado são a ponta do iceberg. Assim que todas as gravações forem divulgadas não restará pedra sobre pedra na política brasileira. Adeptos ao PP, PMDB, PSDB, DEM, PT e outros mais deverão, para não serem ridicularizados pelos fatos, enrolarem as bandeiras do “meu partido é o melhor” de uma vez por todas.

Solução?

Sim, existe solução. Ela está umbilicalmente ligada à uma nova Constituição Federal, elaborada por não mais de 250 pessoas de moral, ética e honestidade sem jaças, escolhidas pela população, que jamais tenham tido qualquer vínculo político-partidário, trabalhando exclusivamente nela, regiamente remunerados e, após aprovada, irem para casa e jamais serem candidatos a qualquer cargo. Essa nova Constituição deverá conter a fixação da existência de, no máximo, quatro partidos; redução substancial de parlamentares em todos os níveis; estabelecer direitos e obrigações iguais a todos os brasileiros, acabando com as castas privilegiadas, cheias de benesses; estabelecer severas punições a crimes e corrupção, além de outras limitações.

É viável?

Obviamente, não! O povo é omisso e os ” Donos do Brasil” – os quais já citei inúmeras vezes -, através de seus comandados (políticos que eles bancam e a grande imprensa sua aliada) jamais permitiriam essa Constituição. Então, fazer o quê? Nada! Apenas rir daqueles que ainda acreditam nos atuais partidos políticos e seus seguidores fanáticos. É o que estou fazendo. E agradecendo a petralhas, demotucanalhas e seus aliados pelos momentos de riso que me proporcionam. Ah, sim, estou imaginando o conteúdo das delações, além de Pedro Correa (PP), as de Lula, Aécio Neves e cia, caso sejam presos, como se espera.

Será?

No dia 24, o Banco Mundial – Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) – divulgou seu Relatório. Nele afirma “…que, mesmo com as dificuldades fiscais, o Brasil pode manter os programas sociais que beneficiam a parte mais pobre da população”. Diz, também, “…para a manutenção dessas ações, é necessário cortar gastos com setores mais favorecidos economicamente”. O especialista em setor público do BIRD, Roland Clark, diz que “A inclusão social é muito barata. O Bolsa Família e os programas que ajudam os pobres são muito baratos. Caros são os programas que ajudam os ricos”. Bingo, Clark!! E ele diz mais: “Além das transferências para empresas, renúncias fiscais, desonerações e subsídios superam 5% do PIB ou 14% dos gastos primários”. Também isso não foi adivinhação minha.