A Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves surpreendeu todo o povo com o anúncio da tramitação de Proposta de Emenda à Lei Orgânica que prevê – pasmem! – a redução do número de vereadores de DEZESSETE para ONZE, ou seja, retornando para o número do qual nunca deveria ter saído. O vereador Moacir Camerini contou com o apoio dos vereadores Gilmar Pessutto, Jocelito Tonietto, Leopoldo Benatti, Márcio Pilotti, Marcos Barbosa, Moisés Scussel, Paulo Cavalli, Valdemir Marini e Vanderlei Santos que também subscreveram a Proposta. Mas, sinceramente, de minha parte não houve surpresa. Sempre acredito que o bom senso deva prevalecer para a maioria das pessoas. Prevaleceu para esses dez edis.

E os demais vereadores?
Pois é, a pergunta que não quer calar é esta: Por que os outros sete vereadores não assinaram a Proposta de redução do número de vereadores? O que motivou aos vereadores Marlen Peliciolli, Adelino Cainelli, Adriano de Souza Nunes, Carlos Pozza, Clemente Miesnikowski, Neilene Lunelli e Valdecir Rubbo a se omitirem nesse apoio, não assinando a Proposta? É bom os eleitores e a população de Bento Gonçalves gravem bem esses nomes e que, também, acompanhem a tramitação da Proposta para conferir se ela terá o andamento esperado. Quando aprovaram o aumento para dezessete vereadores, fiz “n” manifestações contrárias, justificando com o custo que isso representaria para o povo de Bento Gonçalves, seja em salários deles, seja em assessores e estrutura. Mas, alguns achavam que haveria “maior representatividade”, sem mais custos.

Mas, têm mais!
Enquanto isso, o cidadão Mauro César Noskowski lidera um movimento para que haja redução no salário – que, convenhamos, é nababesco – dos vereadores. Mauro conta com a colaboração de vários outros cidadãos para angariar assinaturas visando a possibilidade de tramitação de Projeto de Lei de Origem Popular, previsto na Constituição, cujo teor será essa redução. Atualmente, o valor é fantásticos R$ 9.288,61, para uma sessão semanal, além de 13º salário. Os caxienses, com três sessões semanais, ganham R$ 9.522,29 e não recebem 13º salário. Caxias têm 135 funcionários na Câmara; Bento têm 99 (salvo erro de cálculo meu). Bento têm três assessores jurídicos, com salários superiores a R$ 13.000,00, além de um coordenador jurídico com salário de mais de sete mil mensais. Caxias tem um, recebendo R$ 7.727,45. É, sem dúvidas, uma carga pesada demais para a população de Bento Gonçalves. Ainda mais quando a Secretaria Municipal da Saúde enfrenta terríveis dificuldades. Procure a lista para assinar, com o título de eleitor em mãos. Há dezenas em vários locais.

Violência em salas de aulas
São estarrecedoras as notícias que dão conta de agressões verbais e físicas contra professores, por parte de alunos e pais de alunos. E pensar que houve um tempo em que o professor era a figura mais respeitada por todos, depois dos pais. Qualquer deslize, traquinagem ou falta de respeito de aluno era severamente punida, com o apoio total dos pais. Obviamente, esse estado de coisas – o desrespeito aos policiais e, até mesmo, ao judiciário – é fruto dos “direitos” constantes da Constituição Federal. Ou a deputaiada toma atitude e muda essa libertinagem e desrespeito, com leis severas, ou que se feche o Brasil de uma vez por todas.