Informalidade pode ser sinônimo de problemas para quem abre um novo empreendimento. A falta de acesso ao crédito e outros entraves são apenas o começo de uma série de obstáculos que não permitem que o negócio cresça. A saída legal e menos burocrática para deixar o empreendimento em dia é o cadastro de microempreendedor individual (MEI). Esta alternativa tem ganho força em Bento Gonçalves, onde o setor cresceu 22% somente este ano.

Os números são animadores e mostram que os bento-gonçalvenses não estão temendo a retração da economia e estão apostando suas fichas no seu próprio negócio. Muitos aproveitam a indenização recebida após o desligamento de uma empresa para seguir em frente pelas próprias pernas. Só em 2015, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico registrou a criação de 491 empresas individuais entre os meses de janeiro e abril. No mesmo período, em 2014, foi registrada a abertura de 403 negócios nesta modalidade empresarial.

E, ao contrário do que se imagina, a solidez dos pequenos negócios também é motivo de entusiamo. Nos primeiros quatro meses do ano, 121 microempresas fecharam suas portas. Em 2014, no mesmo período de tempo, 173 microempreendedores desistiram do sonho de ser patrão.

Bento Gonçalves está hoje entre os sete municípios do Rio Grande do Sul que mais possuem CNPJs individuais. A maneira prática e rápida para a constituição de um pequeno negócio tem sido o grande atrativo para aquelas pessoas que já realizavam algum tipo de prestação de serviço saírem da ilegalidade. Na Capital do Vinho, as áreas de maior procura são comércio de confecções, serviços de higiene e embelezamento, reparação de prédios e instalações elétricas, além da alimentação. Nossa comunidade empresarial mostra toda a sua volatilidade, conseguindo destaque nos grandes, pequenos e micro empreendimentos de forma rápida, dinâmica e com muita projeção.