O furto de um sino histórico gerou revolta de moradores da comunidade de Santo Estanislau, na Linha José Júlio, interior de Santa Tereza. A suspeita é de que criminosos tenham levado o objeto no final de semana. De acordo com as informações repassadas por uma das integrantes da diretoria, Daiane Lava, o sino foi uma das únicas lembranças da comunidade que aguentaram a força das águas na enchente de setembro do ano passado, já que a capela, o salão comunitário e parte do cemitério foram levados pelas águas.

Ainda, segundo Daiane, o sumiço do sino foi percebido na segunda-feira, 12, quando um morador da comunidade esteve no cemitério, realizando obras em uma capelinha e notou que o sino não estava mais pendurado em dois postes de madeira. “Realizamos uma limpeza no local no início do mês e ele estava lá. O sino estava bem preso, tanto que nem a força da enchente conseguiu derrubar a estrutura”.

Todo de cobre, o sino chegou na comunidade há mais de cem anos, tendo sido abençoado no dia 7 de novembro de 1916. No entanto, calcula-se que o objeto esteja na localidade desde 1885, quando chegaram os primeiros imigrantes poloneses. Em 1886, foi construída a primeira capela.

O sino era considerado era um símbolo, tanto pela sua imponência, quando pelo apego sentimental de moradores. “Quem fez o furto, deve ter vindo com um caminhão e mais de uma pessoa, pois ele era muito grande pesado. Ninguém faria isso sozinho”, acredita Daiane.

Um boletim de ocorrência sobre o furto foi realizado na Delegacia de Polícia. Porém, ainda não há pistas sobre suspeitos e o paradeiro do sino da comunidade.

Informações sobre o paradeiro do sino podem ser encaminhadas pelo telefone/WhatsApp (54) 99927-2033, com Daiane Lava ou (54) 99913-4329, com Jovani Bielski.

Foto: Arquivo