O impasse no pagamento de salários e férias de funcionários da empresa terceirizada CCS Serviços permanece sem alteração. Nesta terça-feira, o representante do Sindicato dos Trabalhadores em Asseio e Conservação das Empresas Terceirizadas de Caxias do Sul (Sindilimp) esteve em reunião com a administração municipal para buscar alternativas que viabilizem o pagamento integral dos salários. Até então, representantes da empresa terceirizada haviam proposto o pagamento em duas parcelas dos valores devidos, o que não foi aceito.

De acordo com a direção do Sindicato, a expectativa é de que o município de Bento deposite antecipadamente, em juízo, os valores devidos aos funcionários, em parcela única. O Sindilimp ingressou com ação coletiva na Justiça do Trabalho postulando o pagamento da remuneração das férias dos trabalhadores que prestam serviços terceirizados nas escolas e creches do município.

Atualmente, a CCS possui 702 funcionários divididos em setores de administração, limpeza, obras, educação e saúde. Os mais afetados são os profissionais da área de educação, como auxiliar, merendeira e porteiro. Devido os atrasos, o Sindilimp já havia notificado a prefeitura, informando que é de responsabilidade a fiscalização do Poder Público no cumprimento do contrato.

Segundo o presidente do Sindicato, Henrique Silva, uma possível antecipação de pagamento estaria na pauta de interesses. Segundo ele, o Poder Público entendeu que este poderia ser um caminho e “uma alternativa imediata para sanar a questão”, garante. Na sexta-feira, 31, uma nova reunião com os funcionários da CCS deverá ocorrer em frente a prefeitura de Bento.

Entenda o caso

Desde 2014, a CCS Serviços Terceirizados Ltda foi contratada pela Prefeitura de Bento para a prestação de serviços. No final do ano, a empresa concedeu férias aos funcionários durante o período de recesso escolar, que compreende de 2 a 31 de janeiro de 2020. De acordo com a legislação trabalhista, os trabalhadores tem direito assegurado ao pagamento de férias até dois dias antes do respectivo período. No entanto, a empresa terceirizada não efetuou os depósitos salariais nas contas dos funcionários, o que acabou motivando as contantes manifestações da categoria.

Foto: Divulgação / Sindilimp