A retração da economia brasileira parece que atingiu a indústria bento-gonçalvense. Aquilo que no início do ano era apenas uma suspeita, acabou acontecendo com mais força do que se esperava. Empresários e trabalhadores estão preocupados com a situação do Brasil. Isso porque com a queda drástica nos negócios, as empresas aumentaram o número de demissões, principalmente nos meses de abril e maio.

A pequena reação do setor em março foi engolida pela forte queda registrada nos dois meses seguintes. E a expectativa de melhora no segundo semestre também está indo por água abaixo. Quem milita no setor industrial está muito pessimista e não vê boas perspectivas antes do ano que vem.

Com isso, o sinal de alerta também está ligado nos sindicatos. O aumento no número de demissões é encarado como um reflexo da crise na indústria e inesperado pela maioria dos trabalhadores. A opção de redução da carga horária e a negociação do número de dias trabalhados nem está sendo ventilada pelos empresários, principalmente os das indústrias metal-mecânica e metalúrgica.

O setor moveleiro também sente a retração da economia, mas ainda de maneira mais branda. Como ainda tem alternativas, os empresários estão tentando segurar, ao máximo, as demissões, que ainda ocorrem de forma pontual.

Precisamos torcer para não termos um efeito cascata, onde outros polos sejam atingidos pela crise industrial no País. Setores como a prestação de serviços e o comércio ainda estão conseguindo se manter, apesar da crise. Mas até quando vão conseguir? A resposta, a Deus pertence.