Ah, como é bom desfrutar de um período de merecidas férias após um exaustivo ano de trabalho!
Férias? Que férias??? Já ouvi isso de muitas pessoas!
Sim, acreditem. A era digital acabou com as férias de muitas pessoas, que não conseguem se afastar de notebooks, tablets, smartphones e outras “maravilhas tecnológicas” com as quais muitos são obrigados a conviver por obrigação do ofício.
Mas antes fosse só isso…
Neste ano, nas minhas férias em família, sofremos com a superlotação e a falta de infraestrutura da praia que há anos frequentamos, sendo ela muito “famosa” praia de Santa Catarina.
Talvez o fato de ser famosa fez com que a procura aumentasse consideravelmente e a vida dos veranistas que costumam optar por este local tenha se tornado um inferno. Falta de água, de luz, estrutura precária, enfim, tudo para tornar um período que deveria ser de descanso um verdadeiro estresse.
Mas não foi somente onde estivemos que isso ocorreu. Inúmeras praias do litoral catarinense sofreram os mesmos problemas. Sem contar, é claro, os altos custos praticados.
Infelizmente muitas pessoas precisam – se obrigam, na verdade – tirar férias neste período. No meu caso, por exemplo, por ser o único período do ano que os prazos processuais ficam suspensos, o que chamamos de férias forenses, que permitem que os advogados descansem. Atrelado a isso, meu esposo trabalha no setor moveleiro e, nesse período, também desfruta de férias coletivas, além, é claro, das férias escolares de meus filhos. E é justamente neste período, que junta as férias da maioria com as festividades de fim de ano, que os estabelecimentos se aproveitam para sugar tudo que podem dos turistas.
Mas engana-se quem pensa que o valor muda muito depois do Réveillon. Só para se ter uma ideia, uma semana em praia gaúcha ou catarinense em fevereiro, pelo que tomo conhecimento de amigos e parentes que procuram sair um pouco, sai praticamente o preço de um pacote de sete dias com transporte aéreo e hospedagem para o nordeste depois do carnaval.
Então, para quem pode postergar as férias, poderá ter muito mais opções e quem sabe ir mais longe, por praticamente o mesmo preço que se paga na alta temporada no sul.
Claro que a viagem acaba se tornando cara pelo fato de que, quando viajamos, queremos aproveitar para conhecer tudo, fazer passeios, comprar presentes, apreciar a gastronomia local. Mas na real, é melhor passar uma semana maravilhosa, sem estresse, com custo maior, do que pagar para se incomodar.
Feliz mesmo de quem pode “dividir” os custos. Feliz de quem pode escolher o período de férias que quiser e ir para onde quiser, porque, sinceramente, o litoral gaúcho e catarinense está saturado e os governantes destes municípios não estão sabendo aproveitar o período das férias para conquistar o retorno das pessoas.
Não posso deixar de mencionar que, durante as férias, me permiti também assistir aos telejornais, o que durante o ano raramente consigo acompanhar em razão da alta carga horária diária que minha profissão consome. E realmente estou perplexa com a mobilização que está ocorrendo no Maranhão. A que ponto chegou o sistema carcerário daquele Estado? E aposto que não somente eu estou aguardando qual o próximo Estado “sorteado” que começará a conviver com desgraças carcerárias… Ou será o do nosso Município, que tem um presídio no centro, cercado de estabelecimentos comerciais e residências? O que se sabe nesse momento é que por lá será dado algum jeito, enquanto os outros ficam mansos esperando a sua vez…
Por outro lado, entre uma desgraça e outra, o assunto do momento é a tão sonhada Copa do Mundo que nossos governantes, com o maior esforço, trouxeram para cá. Tranquilamente são reformados e construídos estádios faraônicos em estados que sequer possuem times de futebol, que não terão nem como mantê-los. Quem sabe a ideia seja transferir os presos para os estádios depois da Copa!
Bem, mas voltando ao assunto – FÉRIAS – chega-se à seguinte conclusão: Paga-se caro, aproveita-se pouco, incomoda-se muito!
Boas férias para quem ainda não saiu. Bom retorno para os que já voltaram!