SERÁ ASSIM MESMO?
O assunto que domina todas as rodas de conversas, pautas da imprensa, enfim, o Brasil inteiro é, sem dúvidas, a tal de “reforma da previdencia” ou, como eufemisticamente, é denominada pelo governo, a “nova previdencia”. Pois bem, uma coisa já está mais do que clara: A NECESSIDADE de que ela aconteça, de verdade. Aliás, desde 1982 eu escrevo na coluna sobre as aberrações da previdencia no Brasil. Quando Jair Soares era ministro desta pasta, foi “inventada” uma nova tributação sobre os combustíveis, objetivando “a sustentação da previdencia”. Resolveu? Obviamente, NÃO!
SERÁ ASSIM MESMO²? II
Agora, quando a PEC da “nova previdencia” é entregue por Bolsonaro ao Congresso, muitos acreditam que, finalmente, algo irá, realmente, mudar. Pois bem, de minha parte, a credibilidade nisso esbarra na historia. Alguma vez, no Brasil, as corporações públicas foram “peitadas” a valer e surtiram efeito? Não lembro de NENHUMA. E agora estamos diante de fato semelhante. Qualquer pessoa, que tenha QI razoável, sabe que é absolutamente impossível o povo brasileiro manter o festival de “privilégios adquiridos” por uma casta bem identificada do funcionalismo público. A pergunta é, portanto, a tal de “reforma” ou “nova previdencia” será assim mesmo, como está sendo anunciada? Ou, como sempre, as castas serão preservadas?
SEREMOS TODOS IGUAIS?
A Constituição Federal – a colcha de retalhos que temos – determina, muito claramente, que “todos são iguais perante a lei”. Mas, na prática, sabemos que não é bem assim. Ainda há algum motivo lógico que sustente a aposentadoria de alguns setores aos 25 ou 30 anos de “serviço” (é bom lembrar que a lei não exigia “tempo de contribuição”, mas “tempo de serviço”), em 2019, quando a expectativa de vida é muito superior ao que era há 30, 40 anos atrás?
QUASE IGUAIS
Mas, os “mais iguais” continuam com esses “privilégios adquiridos” e, o pior, acrescentam às suas aposentadorias e pensões “avanços” inexplicáveis, originados por, não raro, apadrinhamentos político-partidários. Sobram exemplos disso para serem apontados. Não, não somos “todos iguais”! Os “mais iguais” desfrutam de privilégios inimagináveis (pensão de “filhas soleiras”, que tal?). Os mortais comuns não são, pois, sequer “quase iguais”, não?
QUEM PAGA A CONTA?
Na iniciativa privada, as empresas contribuem para a previdência com bom percentual sobre os salários dos funcionários, o que é acrescido nos seus custos e, portanto, pago pelos que compram seus produtos. No poder público, os governantes também contribuem, utilizando o dinheiro dos impostos que pagamos. Conclusão a que chego: o povão “menos igual” paga aposentadorias duplamente, a pública e a privada. Estarei errado? E ainda há quem queira que cada um faça poupança para sua própria aposentadoria.
QUEM VENCERÁ ESSA BATALHA?
Quem pensa que a “nova previdencia” passará brevemente pelo Congresso erra redondamente. Não tenho a menor dúvida de que as corporações de funcionários públicos, principalmente as que mais privilégios detém e já estão mobilizadas, farão pressões sobre os parlamentares e sobre o governo federal, estaduais e municipais. Não entregarão os anéis sem lutar ferrenhamente. Já o povão, o que paga a conta, restará assistir a tudo bovinamente, como sempre. Ou, desta vez, reagirá, mesmo? A pergunta é, pois: quem vencerá essa batalha? Quem viver, verá!
PODE CONTINUAR ASSIM?
Já é do conhecimento de todo o povo gaúcho que o pagamento de aposentados e pensionistas do Estado já ultrapassou 50% da arrecadação. O Estado de São Paulo gastou SEIS BILHOES de reais do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica para pagar aposentados. Em quantos Estados isso ocorre, sem que a população saiba? Uma situação dessas pode continuar? Por quanto tempo, até que a população, agora mais bem informada pelas redes sociais – as que têm resquícios de seriedade, claro -, passe a tomar atitudes? Veremos, como diria Honório Lemos!
MULTAR?
Tenho lido muitas manifestações sobre a “indústria da multa”. Dizem que as “autoridades deveriam EDUCAR, antes de multar”. Ora, ora! Quem deve “educar” são os pais e as autoescolas. As autoridades devem é fazer com que a lei seja cumprida. Alguém precisa ser educado a obedecer a sinalização? A respeitar os semáforos? A velocidade máxima? A não parar em fila dupla? As normas elementares de trânsito? A não transitar em acostamentos? A não ultrapassar em faixa continua? Claro que há multas indevidas, as aí cabe a defesa. O que falta, em Bento, é multar a todos os que não cumprem as leis de trânsito. Simples!
ÚLTIMAS
Primeira: Esquerda? Direita? Centro? Quem tem, realmente, noção do que significa isso? Petistas chamam antipetistas de “extremistas de direita”; antipetistas chamam petistas de “comunistas”, “socialistas”, “esquerdalha”, “esquerdopatas” e outras coisas mais;
Segunda: Petistas e antipetistas são, como estou afirmando há mais de duas décadas, por seguirem, cegamente, seus esdrúxulos partidos, “farinha do mesmo saco”;
Terceira: O primeiro sintoma dessa doença político-partidária ridícula e, pelo jeito, incurável, é que petistas e antipetistas não aceitam a IMPARCIALIDADE, a ISENÇÃO;
Quarta: E a prova disso é a Rede Globo, a revista Veja, o site O Antagonista. Até pouco tempo, eram antipetistas extremistas, “coxinhas”. Agora são “globolixo” e jornais e revistas são “comunistas”;
Quinta: Quem não pensa como eles, como extremistas que são, viram alvo, não raro, de agressões gratuitas e rotulagens. Pensar, ver ou analisar FATOS de forma diferente da deles? Deus o livre!
Sexta: Por essas e por outras é que esta coluna, que assumo e assino embaixo, está …e andando para esses extremistas sem noção. Pode me chamar de “gremista convicto” que assumo sem problemas. No mais…continuarei “andando”;
Sétima: Caso o exército, a marinha e a aeronáutica não tivessem sido transformados em um só ministério, o Da Defesa, Bolsonaro teria mais militares como ministros do que qualquer outro governo na historia;
Oitava: Isso poderá ser bom, ótimo ou mau. Só dependerá de como a democracia for tratada. Para muitos, já está ótimo;
Nona: O Esportivo iniciou a competição de 2019 na Divisão de Acesso em alto estilo. Uma vitória em casa e um empate fora. No ano do seu centenário, nosso Esportivo merece o apoio de todos, sem dúvidas.