De acordo com dados divulgados pela agência do FGTAS/Sine, redução no comparativo 2017-2018 foi de 13,8%

O número de solicitações de trabalhadores para a utilização do seguro-desemprego em Bento Gonçalves seguiu a tendência de queda observada no contexto geral do estado. Segundo a agência local do FGTAS/Sine, a redução foi de 13,87%.

Esses dados tomam como referência o biênio 2017-2018. No primeiro, a agência local do FGTAS/Sine recebeu ao seu término, um total de 6400 pedidos por parte dos trabalhadores, sendo nos primeiros meses 3.398. Em 2018, nos primeiros seis meses haviam sido 2771. Ao seu final, os números alcançaram o total de 5512, mantendo-se uma média de 2756.

Comparando os dois anos, enquanto, a redução de pedidos de seguro-desemprego em Bento foi de 888 ou 13,87%. Esses números em queda podem ser explicados com outros dados, caso das admissões e desligamentos na cidade. Em 2017, o saldo foi positivo de 277, enquanto no último ano acabou sendo de 517. Esse é o entendimento do Coordenador do FGTAS/Sine, Sandro Castagnetti. “Fazendo uma análise temos quase o dobro se comparado com 2017. Isso que não temos os resultados de dezembro no sistema que ainda não foram lançados”, relata.

No estado também houve queda

Se o cenário na Capital do Vinho foi de queda, o mesmo se apresentou no contexto do Rio Grande do Sul. O número de solicitações pelo seguro-desemprego nas agências FGTAS/Sine em 2018 reduziu 8,2%. No ano passado, as unidades receberam 382.094 solicitações em todo o estado. Só em 2017, foram contabilizados 416.588 requerimentos.

O cenário de queda aumenta no comparativo com os anos anteriores. 16,2% em comparação a 2015, quando foram registrados 456.156 pedidos, 8,5% em comparação à 2016 (417.869 solicitações).

Segundo o FGTAS, do total de requerentes no estado, 33,7% trabalhavam no setor de serviços; 29,16%, no comércio; 25,5%, na indústria; 7%, na construção civil e 4%, na agropecuária.
Com relação ao perfil dos requerentes, 56% eram homens e 43,8%, mulheres. No quesito escolaridade, 47,2% dos solicitantes possuíam Ensino Médio completo; 14%, Ensino Fundamental completo; e 6,2%, Ensino Superior completo. Já com relação à faixa etária dos requerentes, 32% possuíam entre 30 e 39 anos; 19,6%, entre 18 e 24 anos; 18,9%, entre 40 e 49 anos; 18,6%, entre 25 e 29 anos; e 10,2%, entre 50 e 64 anos.

Valor do benefício teve alteração

Em 11 de janeiro, o Ministério da Economia, através da Secretaria de Políticas Públicas de Emprego, publicou a Circular nº 001, reajustando as faixas salariais necessárias ao cálculo do benefício do seguro-desemprego, o qual observará a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) no acumulado nos 12 meses anteriores ao mês de reajuste.

Quem ganhava mais que R$ 2.551,96 recebe o valor máximo de R$ 1.735,29. Quem recebia até R$ 1.531,02 tem direito a 80% do salário médio ou ao salário mínimo, prevalecendo o maior valor.
Para remunerações de R$ 1.531,03 a R$ 2.551,96, o seguro-desemprego corresponde a R$ 1.224,82 mais 50% do que exceder R$ 1.531,02.

Atualmente, o trabalhador dispensado sem justa causa pode receber de três a cinco parcelas do seguro-desemprego, de acordo o tempo trabalhado e o número de pedidos do benefício.

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