SALVE-SE QUEM PUDER!
Estamos em pleno período pré-eleitoral. As eleições para o governo do Estado e para a presidência da República estão no dia-a-dia dos brasileiros. Mas, ao contrário de outros pleitos já realizados, este tem características que transcendem todos os limites do bom senso, da civilidade, da democracia, do respeito e de tudo o mais que se queira citar para definir esse estado de coisas. Os imbecis fanático-partidários não medem palavras, qualificativos, adjetivos ou urbanidade para se referir ao “inimigo” político. Sim, os “adversários” deram lugar, para essa gente sem noção, aos “inimigos” que precisam ser eliminados, pouco importando os meios, se lícitos ou não, se fundamentados ou não. O vale-tudo chegou a um patamar que às pessoas normais, equilibradas, dotadas de um mínimo de cultura, bom senso, ética e moral, só resta gritar: “Salve-se quem puder!”
NORMAL! OU ANORMAL?
O Brasil vive um momento ímpar de sua história. Jamais, em tempo algum, as ações da polícia federal, ministério público e judiciário vieram a público tão fartamente, pouco importando os estragos que a divulgação fará. Um dos membros do PSDB de alto coturno da política brasileira, ex-governador de Goiás, juntamente com vários parceiros, foram presos e em menos de 24 horas foram soltos. Normal! Anormal seria ter ficado preso um tucano. Anormal (não recordo de nada parecido em outros períodos eleitorais) foi a liberação de delações ou processos que detonaram candidatos aos cargos majoritários. Há precedentes de algo semelhante na história do Brasil, às vésperas de eleições?
O QUE QUEREMOS
Uma rede nacional de TV perguntou centenas de vezes: “que Brasil você quer para o futuro”. Eu fiz um vídeo e respondi: “Quero o Brasil com uma Constituição que possua um único artigo, com o texto: artº 1º e único: Todos os brasileiros são obrigados a ter vergonha na cara.” Claro que deveria haver legislação complementar que garantisse àqueles que “não tivessem vergonha na cara” punição exemplar, pouco importando se tenha ou não maioridade penal. Mas, jamais teremos isso, obviamente. Resta-nos, porém a esperança de que, com essa renovação parcial (que, para mim, deveria ter sido total) do Congresso Nacional, pelo menos a impunidade, notadamente de corruptores e corruptos, não seja a tônica.
MUDARÁ ALGO?
A dúvida que tenho é, certamente, a da maioria das pessoas esclarecidas e que acompanham a política brasileira. Quem assumir a presidência fará “coligação” com os membros de sempre do PP e MDB? A pergunta é pertinente. Esses dois partidos, com suas figurinhas carimbadas, são aliados do poder desde 1964. A então ARENA – atualmente, PP – era o sustentáculo político dos governos militares e os do MDB o eram por conveniência ou sobrevivência. Sobrevivência, porque um opositor mais contundente era cassado ou expulso do Brasil. Bolsonaro ou Haddad terão no PP ou MDB (ou seus derivados) aliados como teve Sarney, Collor (até ser cassado por eles), Itamar, fhc, Lula, Dilma (até ser cassada por eles) e Temer? Quem viver, verá!
A SEGURANÇA PÚBLICA
Duvido que haja um único bento-gonçalvense que não se preocupe, muito, com a atual situação da segurança pública. E não me refiro somente aos assassinatos já registrados. São os roubos, assaltos a empresas e pedestres, a qualquer hora, que estão provocando essa sensação de insegurança, de medo. Mas, já foi anunciada a instalação de mais QUARENTA câmeras de monitoramento. Segundo informaram a estrutura e a previsão de manutenção já existem. Estão funcionando? Como a população poderá saber a localização e como poderão ser usadas?
CIDADE TURÍSTICA?
Dia destes um casal de amigos nos visitou. Passeamos por Bento Gonçalves. Eu e a minha Bete cheios de orgulho com o que podíamos mostrar. Mas, eis que, ao chegarmos nas ruas centrais, esse casal nos questionou: “Mas, não dá para dar um jeito nesse emaranhado de fios que poluem o centro da cidade?” Continuaram perguntando: “As calçadas não deveriam estar melhor conservadas? E sem esses acessos desnivelados em garagens?” Aí questionaram o que mais ouço por aqui: “Será que não dá para fazer uma manutenção adequada nessas ruas asfaltadas? Já vimos cidades em que deixaram o caos crescer, tornando-se quase irrecuperável, tantos são os buracos!”
FAKE NEWS PATROCINADAS?
O jornal Folha de São Paulo noticiou que há empresas patrocinando a criação e divulgação de notícias falsas, atacando políticos. Mas, a minha surpresa foi constatar que houve quem ficasse surpreso com isso. Há quanto tempo estou falando nos “porões imundos” da politicanalhada brasileira? Desde o ano de 2000 estou escrevendo na Coluna que o Brasil seria dividido entre APT (antes do PT) e DPT (depois do PT). Não estamos vivendo o que previ e escrevi?
ÚLTIMAS
Primeira:
A câmara de vereadores aprovou a venda de muitos terrenos pertencentes ao Município. Será que não farão falta, futuramente, para abrigar prédios ou áreas públicas?
Segunda:
Muitas áreas foram “cedidas” a entidades privadas para construção de suas sedes, locais de uso restrito de seus associados. Quando a população será consultada sobre essas transações?
Terceira:
A pergunta é pertinente porque não se vê candidatos “prometendo” vender essas áreas que pertencem a todos nós. Se foram eleitos sem que se soubesse disso, deveria haver consulta pública, não só às bancadas de vereadores, cuja maioria sempre apoia o prefeito;
Quarta:
Será que, nesta eleição a governador, nem Sartori, nem Leite prometerão acabar com o famigerado, o inconstitucional, o absurdo chamado “IMPOSTO DE FRONTEIRA?”
Quinta:
Será que o massacre aplicado nas micros e pequenas empresas por Yeda Crusius, por “sugestão” de um empresário, continuará por muito tempo, ainda?
Sexta:
Por que um candidato não promete acabar com esse imposto para as empresas que CONTRATAREM UM FUNCIONÁRIO? Imaginem quantos empregos seriam criados;
Sétima:
O empresário Abilio Diniz foi indiciado por estelionato, organização criminosa e falsidade ideológica. Será verdade?
Oitava:
Os amantes do futebol deslumbrados com o melhor Brasileirão e uma Libertadores histórica. Gremistas e colorados em realidades diferentes, mas vivendo grandes emoções.