A medida da pressão arterial deve ser feita em repouso, por pelo menos dois minutos (idealmente cinco minutos), em posição sentada e de bexiga vazia (para evitar que a distensão de bexiga cause desconforto e eleve a pressão). Dê preferencia a momentos em que você ou a pessoa que está medindo a pressão esteja sem dor ou ansiedade extrema.
O braço deve estar posicionado na altura do coração, apoiado em alguma superfície. Braço baixo pode acumular sangue e criar um pequeno edema que falseia a medida. Após o posicionamento do aparelho digital eletrônico, aguardamos trinta segundos, com o manguito permitindo entrada de um dedo sem dificuldade entre a braçadeira e a pele (não deixar muito apertado ou muito solto).
Evite falar durante a medida. De preferencia, repita a medida apos cinco minutos no aparelho digital, para conferir o resultado. Os aparelhos analógicos e de mercúrio não necessitam disso.
Não faz diferença medir em braço esquerdo ou direito, exceto no caso de doenças da aorta ou nos grandes vasos. Na primeira vez, a pressão pode ser observada nos dois braços para referencia futura – mas essa deve ser feita pelo medico no consultório.
Os aparelhos devem ser calibrados a cada dois a três meses, sendo que os de mercúrio podem ser calibrados menos frequentemente.
A medida residencial da pressão arterial (MRPA) é uma ferramenta extremamente útil para guiar tratamento, e o paciente pode estabelecer um diário, com duas medidas ou mais por semana em horários diferentes e mostrar para o seu medico na consulta.

Quais os valores que preocupam?

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) tem três estágios: de 140/90 a 160/100 mmHg, de 160/100 a 180/110 mmHg e maior que 180/110 mmHg. A pressão da pessoa é elevada constantemente, não fica elevada às vezes. Essa ideia de que a pressão não está sempre elevada faz com que as pessoas só tratem dela quando estão com sintomas (os mais comuns dores de cabeça, cansaço, palpitações).
Quando a pressão esta elevada, mas sem sintomas, a filtração forçada através do rim cria pequenos buracos e cicatrizes que vão levar a insuficiência renal, pequenos aneurismas no cérebro que podem romper e pequenas hemorragias na retina, que podem levar à cegueira. Daí a importância de não substituir doses ou esquecer remédios.

Enfrentando a doença

Os exercícios aeróbicos são preferidos pra tratamento da hipertensão, por causar menos alterações na pressão arterial do que os exercícios de resistência. Para controle do estresse, técnicas de relaxamento como yoga são estimuladas, desde que se adequem ao gosto do paciente.
Em mulheres uma das causas de hipertensão está relacionada com o uso de contraceptivos hormonais. Em mulheres com HAS em uso de anticoncepcional devemos, se possível, suspender o anticoncepcional e avaliar a pressão ao longo de três meses.

Fonte: minhavida.com.br