Um dos crimes que mais se repete na região voltou a gerar preocupação nesta semana. Em um intervalo de dois dias, cinco crimes do tipo foram registrados, sendo quatro deles em Bento Gonçalves e um em Garibaldi. Em um deles, inclusive, houve emprego de arma de fogo e tiros disparados, na escadaria da rua Assis Brasil, no bairro São Francisco. Vale ressaltar que a estatística foi a que mais teve crescimento nos índices de criminalidade apresentados pela Brigada Militar na região no primeiro trimestre.

No caso mais grave, houve disparo de arma de fogo, conforme o registro do Boletim de Ocorrência (BO) feito na Polícia Civil. O caso ocorreu na escadaria da rua Assis Brasil, bairro São Francisco, por volta das 17h. Os jovens de 17 anos passavam pelo local quando foram abordados por dois indivíduos sentados na escadaria. Um deles, assustado, saiu correndo. Foi quando um dos criminosos efetuou dois disparos, que não acertaram o jovem. O outro rapaz teve o celular roubado. A Brigada Militar (BM) foi chamada ao local para fazer buscas, mas não localizou os criminosos.

O outro crime ocorreu em Garibaldi, por volta das 14h, na avenida Buarque de Macedo, na linha Garibaldina. De acordo com o registro, a vítima caminhava em via pública em direção ao trabalho quando foi abordada por dois indivíduos, sendo um armado com faca e outro com revólver. Eles puxaram a bolsa da vítima e entraram em um Uno de cor cinza, onde um terceiro indivíduo esperava para a fuga. Eles escaparam em direção ao Vale dos Vinhedos.

Não há suspeitos de nenhum dos crimes, mas as vítimas afirmaram serem capazes de reconhecer os criminosos. Ambos os casos foram registrados na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Bento Gonçalves.

De acordo com o capitão do 3º BPAT, Diego Caetano de Souza, a BM segue trabalhando para reduzir os indicadores. Segundo ele, o delito está entre as prioridades dos agentes, juntamente com os casos de homicídios. “Estamos direcionando nosso efetivo, inclusives com horas extras para essa finalidade”, ressalta.

De acordo com ele, tanto o efetivo quanto o setor de inteligência tem atuado constantemente nas zonas e horários mais críticos, com reforço de efetivo e emprego do Pelotão de Operações Especiais, para combater o crime. “Com base nisso, tivemos algumas reduções. Sabemos o perfil desses delinquentes, e até efetuamos algumas prisões, mas acabam soltos novamente. A Brigada tem feito o papel dela, mas é apenas mais uma parte do sistema, não a única”, comenta.