A chamada Guerra dos Farrapos teve sua origem no descontentamento dos habitantes do Rio Grande do Sul, que provisoriamente, haviam se desligado da comunidade brasileira. O conflito foi deflagrado, oficialmente, em 20 de setembro de 1835.

Houve, porém, antecedentes marcantes. O Rio Grande do Sul continuava a pagar um pesado tributo em função da sua localização geográfica. As lutas nos países do “Prata” repercutiam no território rio-grandense. Além disso, em 1828, caudilhos uruguaios e correntios atiravam-se sobre os “Sete Povos das Missões”, dizimando a cultura ali desenvolvida e aniquilando as populações.

Os habitantes do Rio Grande do Sul se irritassem com as frequentes requisições de Guerra e mobilizações gerais; o serviço militar se torna obrigatório e permanente; os pagamentos entraram numa roda-viva de atrasos; impostos vão ficando cada vez mais altos e o povo não vê retorno nenhum em forma de obras e benfeitorias. Enfim, tudo se torna cada vez mais difícil, e a prosperidade se distancia cada vez mais.

O descontentamento se generaliza, a crise se agrava e o povo reclama. Até que, em 1835 em função da falta de habilidade do novo presidente do Estado (Fernandes Braga), estoura o movimento “farroupilha”.

A estrutura econômica da Província do Rio Grande do Sul, os chefes das milicas eram, a um só tempo, os grandes criadores de gado, que se sentiam cada vez mais prejudicados pelas constantes convocações (deles e dos seus peões), pressionados pelos impostos. Desta forma, o principal produto da Província (o charque) passava a sofrer uma violenta concorrência dos produtores de origem platina. E para complicar mais a situação, a voz dos rio-grandenses não era ouvida pelos detentores do poder Central. Uma voz que acabava não influindo nas decisões administrativas.

O espirito da Revolução se corporifica na pessoa da então, Coronel Bento Gonçalves da Silva, em função do prestígio e da fama que lhe conquistaram sua integridade pessoal, bem como seus muitos méritos militares. Além de Bento Gonçalves, devemos lembrar a figura de João Manoel de Lima e Silva, que, mesmo sendo carioca e irmão do Regente do País, galgou o posto de General dos “Farroupilhas”.

Também se destacaram os grandes heróis como: Giusseppe Garibaldi (o herói dos dois mundos, BRASIL E ITÁLIA e também David Canabarro.

Os maiores movimentos se concentravam no roubo de gado e na comercialização do couro e do charque. Tendo como referência LAGUNA-S.C.- cidade histórica e ponto de Tratado de Tordesilhas. Dai seguiam as mercadorias para a Europa em vias navegáveis em Embarcações clandestinas.

A Revolução farroupilha durou 10 anos – De 1835 a 1845.
O Nosso Município leva o nome do líder da Revolução Farroupilha. Bento Gonçalves da Silva.