Estive envolvido em algumas situações nestes últimos dias que me fizeram pensar um pouco mais sobre este nosso Brasil brasileiro.

Uma dessas foi ser um dos convidados pela FSG ( Faculdade da Serra Gaúcha ) para ser um dos painelistas em um encontro para seus alunos e para outros do ensino médio de escola(s) municipal(is). A tarefa era de passar um pouco da experiência de vida como gestor de empresas. A casa das artes esteve lotada o tempo todo. Após um breve relato sobre a experiência profissional até então, chegou o momento de “dar conselhos”. Dei somente 2: primeiro, para que todos cresçam profissionalmente com ética e honestidade; segundo, que todos mudemos nosso comportamento de passividade frente aos desmandos deste país, que ninguém dependa de governos, que este país tem jeito mas que temos que mudar radicalmente este estado de coisas, começando por nós mesmos.

Numa outra situação, convidei algumas empresas internacionais a investirem no Brasil. Após apresentar os projetos, defender a viabilidade dos mesmos, caracterizar o Brasil com seus potenciais de mercado, aguardei a decisão. Adivinha: nenhum destes investidores quiseram investir no nosso Brasil.

Em certas ocasiões, alguns amigos e leitores desta coluna me perguntam o que vai acontecer, quais são minhas previsões. Um certo dia, estou conversando com um construtor de imóveis que me pergunta se deveria ou não lançar um novo empreendimento na cidade. Adivinha o que eu respondi: sim, que ele deveria lançar o projeto o quanto antes pois daqui a 2-3 anos o nosso país já estaria mais ajustado e se ele esperasse “tudo estar certo” isso nunca iria acontecer. Você pensou que minha resposta seria não, certo?

Bem, por que estou falando disso?

Primeiro: porque acredito que podemos melhorar as coisas mas nós devemos mudar também. Não só devemos esperar que só os políticos mudem, estes tem que mudar muito é claro, mas nós também.

Segundo, porque muitos perderam as esperanças de que as coisas melhorem um dia. Está difícil mas passamos já por momentos muito ruins e chegamos até aqui. Temos que acreditar e ir em frente.

Terceiro, porque este país precisa restabelecer a confiança, primeiro da própria população, e, depois, dos outros países. Quando se perde a confiança, demora muito tempo para esta voltar e só com muito esforço.

Quarto, porque o Brasil precisa ressurgir, fazer sua própria ressurreição. Uma ressurreição na saúde e na educação, na segurança, na ética, na política. Nos investimentos públicos e na consciência dos governantes. Na consciência mais participativa do povo. E por aí vai…Mas não é com olimpíadas e copas do mundo.

O Brasil não morreu e não vai morrer. Está na UTI, respira por aparelhos mas algum sinal de recuperação para 2017 em diante já aparece no fim do túnel.

Para que haja a ressurreição do país, Temer precisa fazer as coisas certas, principalmente cortando gastos públicos. Os governos estaduais e municipais também. Maus governos quebram um país. Como ter boa saúde se todo ano faltam bilhões para cobrir os gastos do governo, sempre com déficits. Ano que vem, novamente. E a cada dia novo escândalo de corrupção aparecendo. Difícil, mas não impossível.

“Felizes os que creem sem ter visto”.

Pense nisso e sucesso.