Medicamentos considerados estratégicos pelo Sistema único de Saúde (SUS) no tratamento do vírus HIV e da Hepatite C deverão começar a ser produzidos no Brasil. A informação foi divulgada pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), vinculado à Fundação Oswaldo Cruz, responsável pela produção de outros medicamentos já conhecidos nestas áreas. A mudança na logística deve gerar economia aos cofres públicos, pois, segundo o Instituto, os medicamentos para tratamento são importados. De acordo com as informações divulgadas, a economia deverá ficar em cerca de 50%.

De acordo com o Farmanguinhos, três medicamentos que serão desenvolvidos são antivirais e estão voltados ao combate da Hepatite C: o Simeprevir, Daclastavir e o Sofosbuvir. Além disso, o Instituto deverá produzir também o imunossupressor Everolino, utilizado para evitar a rejeição de órgãos transplantados.

Na área de tratamento contra o HIV, o medicamento que será produzido no Brasil e distribuído pelo SUS é o antirretroviral Truvada, usado na profilaxia pré-exposição, mais conhecida por PrEP. Essa medicação foi adotada como política de saúde e já é distribuída a grupos considerados chave para o combate à Aids. Nesses grupos, estão homens que fazem sexo com homens, gays, pessoas trans, profissionais do sexo e casais em que um membro é soropositivo e o outro, não.

Segundo o Farmanguinhos, a expectativa é de que três medicamentos já deverão ser produzidos nacionalmente no segundo semestre desse ano. Os demais, devem ficar disponíveis em 2019.