Chegamos ao final de mais um ano e com ele nossos anseios são priorizados na lista de desejos para o ano que nasce. Entre os principais pedidos, saúde, paz, dinheiro e segurança: pilares que movem o mundo de hoje. Porém, esquecemos de algo muito importante, independente de nossa crença religiosa. Podemos até ser ateus, no entanto, existe algo que supera qualquer doutrinação: fazer o bem sem olhar a quem. É o que chamamos de “Regra de Ouro”, muitas vezes esquecida por inúmeros motivos que vão desde o comodismo à falta de tempo. Essa simples frase, colocada em prática, poderia ser o norte para as mudanças que tanto almejamos na sociedade que fazemos parte.

Buscamos constantemente por novas atitudes na política, economia, saúde, educação e tantos outros pontos que já estamos cansados de saber, mas esquecemos de algo que pode ser o princípio da resolução de todos os problemas (ou quase todos): cooperar para a unidade do mundo, descobrindo que, embora muito diferentes por etnias, culturas e tradições religiosas, homens e mulheres, unidos, podem construir juntos a paz e a harmonia universal.

Fazer aos outros o que gostaríamos que fosse feito a nós, não é simplesmente uma passagem escrita nos livros sagrados ou da Filosofia: abrir os olhos perante a necessidade alheia e buscar soluções para a resolução dos problemas é uma das maneiras que podem ajudar a melhorar situações que muitas vezes passam a nossa frente e deixamos de agir por inúmeros motivos, sejam eles por falta de tempo, de apoio ou até mesmo interesse.

Fazer ao outro o que gostaríamos que fosse feito a nós, sem sombra de dúvidas é a alavanca para recuperar a nossa sociedade…

Abrir os olhos, ouvidos e o coração para descobrir essas diferenças e os problemas de quem está ao nosso lado, pode ser aquilo que falta para um recomeço. Perseverando, oferecendo uma mão amiga, doando um pouco do seu tempo, veremos lentamente o mundo mudar à nossa volta. Sair do conforto de nossas casas e ir à batalha dá sabor à nossa existência, tem em si o princípio da resolução de todos os problemas.

Façamos (e sejamos) neste Natal e ao longo de 2019 a diferença: que tenhamos a experiência da fraternidade como pilar para ser o reforço e o sustento nos momentos onde a violência e a intolerância pareçam prevalecer. Fazer ao outro o que gostaríamos que fosse feito a nós, sem sombra de dúvidas é a alavanca para recuperar a nossa sociedade, curando tensões e integrando as comunidades.

Nossa passagem por esse mundo não consiste em acumular riquezas para resolver os problemas das pessoas. Nossa tarefa consiste, sobretudo, em estar com as pessoas, e estar ali com simplicidade e humildade. Nossa missão não consiste tanto em transmitir alguma doutrina menos ou mais inspirada, mas sermos pessoas melhores a cada dia, preocupados com o futuro de quem ainda está para nascer.

Que em 2019 consigamos refletir ainda nas primeiras horas do novo ano o que estamos fazendo pelo nosso próximo. Ajudando-o ou condenando-o? Ensinando-o ou humilhando-o? Estendendo as mãos ou empurrando-o para o buraco? Que possamos ser instrumentos de amor ao próximo, com respeito e compreensão (sentimentos que precisamos resgatar, antes que seja tarde demais).