As obras de reforma do Presídio Estadual de Bento Gonçalves deverão ser concluídas no mês de setembro desse ano. Essa é a previsão da administração da casa. Uma das celas que estava interditada, a de número 10, já foi concluída e liberada para a ocupação de presos. Foram destinados R$ 499 mil para as reformas. A verba é de origem do Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com o administrador do Presídio, Evandro Antonio Simionato, os trabalhos de reforma estão bem adiantados. “Temos uma cela já concluída, e até o prazo final das obras, devemos entregar os albergues três e quatro, e a cela 11”, afirma ele. A liberação da última, ao final da reforma, representará um acréscimo de 40 vagas para os detentos.

Além disso, outras celas também vão passar por melhorias, mas não por completo. Serão feitas modificações nas estruturas elétricas e hidráulicas – também inclusas no orçamento inicial de R$ 499 mil.

Essas reformas, que representam a abertura de mais vagas, ajuda a aliviar o problema da superlotação, mas não resolve por completo a situação. De acordo com Simionato, o presídio conta, atualmente, com 212 detentos na galeria (setor destinado aos presos do regime fechado), e mais 36 nos albergues (parte do presídio em que ficam os presos do regime-semi aberto). A lotação máxima da casa, ainda segundo o administrador, é de 95 pessoas. “Sabemos que a principal dificuldade atualmente é a superlotação, mas ela está sendo sanada com essa reforma”, explica ele.

A questão do presídio, localizado na região central da cidade, é uma das preocupações das autoridades. Na reunião realizada na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) na semana passada, onde assuntos de segurança pública foram discutidos por autoridades da área, o prefeito Guilherme Pasin (PP) afirmou ser de fundamental importância a retirada do principal presídio da região central da cidade. “Não é uma questão de estética, é uma questão de segurança pública”, afirmou Pasin na ocasião. Outras autoridades presentes no evento, como o promotor Gilson Medeiros, também citou o problema do presídio.

Para Simionato, é uma questão que deve ser debatida a longo prazo, mas que, atualmente, as autoridades de segurança, como a Brigada Militar, a Polícia Civil e a própria Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) tem atuado para proteger a sociedade e sanar o problema da melhor maneira possível. De acordo com ele, a última rebelião no presídio aconteceu em 2014. “A Susepe tem um papel fundamental para ajudar o apenado a voltar para a sociedade com melhores perspectivas”, explica o administrador.

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