As razões do sucesso da indústria na imigração Italiana em toda região de colonização, podemos creditar aos seguintes fatores:

AMOR AO TRABALHO – A sociedade Imperial brasileira, com escravos para qualquer ofício braçal, tinha verdadeira aversão ao trabalho manual. Trabalhar era reservado aos escravos. Porém, para o colono, o trabalho tornou-se o segredo da fortuna, causa de progresso e prova de honorabilidade, havendo poucos defeitos detestáveis que a indolência (preguiça).

ESPÍRITO DETERMINADO – O próprio imigrante tinha consciência de sua capacidade de realização e da força de sua decisão empreendedora.

HABILIDADE E SUPERIORIDADE TECNOLÓGICA – A habilidade inata aliada a conhecimentos trazidos da Pátria de origem e repassados aos descendentes colocava o imigrante italiano em vantagem ante os luso-brasileiros. Já em 1884, sucessivos convites foram enviados a parentes e amigos para que viessem ao Brasil, ao lado da atividade agrícola, vislumbrava moinhos, serrarias, carpintarias e sapatarias.
“A habilidade do italiano se confirma desde a presença de ferramentas básicas de marcenaria e ferraria, até mesmo em instalações completas destes equipamentos, em praticamente todas as casas coloniais.”

EXISTÊNCIA DE MERCADO – A produção artesanal industrial, além do mercado representado pelas próprias comunidades coloniais, supria as populações adjacentes (voltadas para a pecuária) às cidades do Estado e até o Exército, durante certa época em guerra com o Paraguai e nas Primeira e Segunda Guerra Mundial.

ACÚMULOS DE CAPITAIS – Os róseos álbuns comemorativos dos 50, 75 e 100 anos de Imigração Italiana, exaltam o sucesso industrial dos italianos e seus descendentes, fazem crer que, APENAS O TRABALHO, as pequenas oficinas tornaram-se grandes indústrias.

VIAS DE COMUNICAÇÃO – Verifica-se facilmente que o crescimento dos núcleos coloniais deu-se na razão direta da importância das vias de acesso, acontecendo mesmo que, com a mudança dos itinerários preferenciais, cidades de bastante progresso e desenvolvimento.
Fonte: Assim vivem os Italianos – Volume 04 – Júlio Posenato

“No contexto da imigração que colonizou o Estado do Rio Grande do Sul, um grupo de sonhadores e corajosos pisou, pela primeira vez, na terra que viria a lhes dar as dádivas para construir uma nova vida. Esses TRABALHADORES da terra, por meio de uma saga heroica, iniciaram o processo de transformação do solo num dos cenários mais belos e importantes do País para o cultivo da videira e a elaboração dos vinhos, trazendo para a nossa História, o título da Capital Brasileira do Vinho.”