Os níveis das barragens são monitorados de forma online e permanecem aceitáveis, até então. A possibilidade vai existir em caso de longo período sem chuvas, conforme acompanhamento da Sema

Apesar da estiagem, que foi interrompida nos últimos dias pela pequena quantidade de chuva, o gerente da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Marciano Dal Pizzol, explica que não há previsão para racionamento de água em Bento Gonçalves nos próximos dias.

Caso houvesse, entretanto, toda a cidade seria atingida. “Em um panorama de racionamento ‘agudo’ os serviços essenciais são os prioritários, como hospitais, escolas, etc. Contudo, seria uma situação extrema”, garante.

Em casos de necessidade, Dal Pizzol ressalta que algumas atitudes seriam tomadas para não chegar a esse ponto. “Manobras são executadas nas redes de abastecimento periodicamente, a fim de que se faça um ‘rodízio’ de disponibilidade de água. Porém, havendo tal situação emergencial, será amplamente divulgada”, afirma.

Três barragens em Bento

São Miguel, Burati e Barracão são as barragens responsáveis por abastecer a Capital do Vinho. O sistema de abastecimento, segundo a Corsan, funciona de forma com que a captação e bombeamento da água do Burati, que vem da barragem de São Miguel, migre para o Barracão. Lá as fontes de água se misturam “onde é feito um ‘pré-tratamento’ e bombeado para a estação, para depois disponibilizar à toda cidade”, relata.

A proporção de distribuição fica em cerca de 75% para a barragem São Miguel e 25% para o Barracão, respectivamente. Os níveis são monitorados de forma online e permanecem aceitáveis até então, conforme explica a Corsan.

Nos últimos cinco anos, segundo o gerente da empresa, não houve incidência de racionamento. “A possibilidade existirá caso se confirme longo período sem chuvas, conforme monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). Contudo, momentaneamente, Bento Gonçalves possui reserva para captação de água por um período considerado bom”, ressalta.