Sempre que algo está acontecendo, há quem perca e quem ganhe com esse “algo”. Isso está intrínseco na humanidade, desde que passaram a existir relações comerciais. Todas as guerras havidas sempre, sem nenhuma exceção, tiveram o poder econômico como mote. Desde que se tem notícias sobre os povos do mundo, se menciona os conquistadores (como “heróis”) e os conquistados (como “os fracos”). E segue sendo assim em todas as nações do mundo, inclusive com o advento da “Guerra Fria”, termo usado para qualificar o confronto entre EUA e a União Soviética. E o que se vê acontecendo, nos últimos anos, no Brasil, senão uma verdadeira guerra político-partidária, sem quartel, sem regras, completamente sem noção? A pergunta que se impõe é: quem está ganhando com ela? O povo, obviamente, está perdendo.

Sim, alguém está!

Pois é, obviamente alguém está lucrando com esse massacre que parte de todos os lados, notadamente da chamada “grande imprensa”, multiplicando geometricamente essa “crise” econômica brasileira. Sim, econômica, porque a crise política está batendo todos os recordes de estupidez, idiotice, um paraíso para os mal-intencionados, para os dotados de moral, ética e honestidade seletivos. Há que se dizer, também, que, pelas evidências, essa “crise” está atingido a grande maioria, sejam pessoas físicas ou jurídicas. E, pelo visto, essa maioria está começando a perceber que uma minoria esperta leva vantagem em tudo. Por isso, tenho esperança de que, brevemente – creio que já no segundo semestre – as coisas comecem a mudar. Oremos, portanto!

A saúde em crise

A saúde, sem sombra de dúvidas, está em crise e séria. Tenho dito e repetido que, quando inventaram essa “constituiçãozinha” fajuta que aí está, determinando que “a saúde é um direito de todos e dever do estado (União, Estados e Municípios)”, esqueceram de dizer de onde sairia o dinheiro para custear tudo. O ex-presidente FHC inventou a CPMF. Não deu certo porque ela deveria complementar as verbas que os estados, os municípios e a União já destinavam à saúde. E, mais, o montante arrecadado pelos bancos é desconhecido (pelo menos eu jamais vi números confiáveis) e o que foi destinado, efetivamente à saúde, também. Pois agora a bomba explodiu. Estados, municípios e a União estão com suas finanças em ruínas – e não é pelo que investem em favor da população, seja na saúde, educação, segurança pública, etc. – e cortam verbas a todo o momento. Onde irá terminar tudo isso?

A saúde em crise II

O Governo Federal, cheio de boas intenções, tem, ao longo da última década, lançado programas ótimos visando atender a demanda pela saúde. Centenas de UPA’S, de SAMU’s, de postos de saúde e muitas outras medidas foram implementadas, em parceria com estados e municípios. Todos, porém, erraram nas contas. Desde 1988 essas contas carecem de auditorias, pelo jeito. O SUS, um “plano de saúde” que está sendo copiado por vários países, não tem correção dos valores para pagar os atendimentos há mais de dez anos. Imagine-se se tivessem sido corrigidos, no mínimo, pelos índices inflacionários. Agora, estados e municípios esperam por mais verbas federais. Hospitais filantrópicos e públicos esperam por verbas. UPA’s aguardam verbas federais e estaduais para funcionarem. Profissionais de saúde precisam ser contratados. Em síntese, a saúde dos brasileiros está da UTI financeira. Algo precisa ser feito. É chegado o momento de tributar mais os que ganham mais e têm mais posses. O povão não tem mais como contribuir.