A onda de aumentos, infelizmente, parece não ter fim. A exemplo de 2015, em que se viram recordes de altas em produtos com preços tabelados pelo governo, 2016 parece continuar causando preocupações aos consumidores. O aumento do preço do gás de cozinha já atinge o orçamento doméstico das famílias. Ele é um dos itens que mais sofreu acréscimo nos últimos dois anos, em comparação com dados analisados pelo Procon. Mesmo com a situação financeira atual do país, os consumidores sentiram a diferença no bolso. Desde 2014, o gás de cozinha subiu R$ 19 segundo dados da Superintendência Estadual de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon).

A diferença entre o maior e o menor preço do botijão de gás de cozinha chega a 12% em Bento Gonçalves. O dado faz parte de uma pesquisa feita pelo Procon. O órgão constatou que os preços variam de R$ 60 a R$ 68.
Segundo o Procon, seis estabelecimentos foram visitados. Em apenas um deles, o preço encontrado foi de R$ 60, em duas revendedoras o valor foi R$ 65 e em três o preço foi de R$ 68. O objetivo da pesquisa, conforme o Procon, é ajudar o consumidor na busca pelo produto mais barato, além de atuar preventivamente e verificar possíveis tentativas de alinhamento de preços.
José Canan, funcionário da Bento Gás afirma que fatores externos influenciaram no aumento de aproximadamente R$ 20 nos últimos dois anos. “A inflação, o valor do mercado, custos, salário dos funcionários que precisamos aumentar conforme demanda, transporte, gasolina, tudo aumenta e consquentemente, precisamos elevar os valores do gás de cozinha para conseguirmos nos manter e manter, inclusive, nossos serviços”, salienta Canan.

Antônio Valduga, gerente da A.S.L Comércio de Gás, diz que é preciso acatar as normas impostas pelo governo. “Nós somente acatamos as regras. Se somos obrigados a aumentar, não há o que fazer, são regras e normas. A Petrobras reajusta o valor do gás e a gente acaba tendo de fazer o mesmo”, finaliza.
Canan comenta a importância de manter os valores ajustados, sem perder o foco no consumidor. “Mesmo reajustanto os valores conforme necessário, continuamos focados no nosso cliente. Precisamos nos consolidar no mercado da cidade e fidelizar a clientela, a maneira mais justa que achamos de fazer isso, foi deixando o botijão de gás com preço acessível, sem ferir o bolso do consumidor”, acrescenta.

Leia mais na edição impressa do Jornal Semanário deste sábado, 13 de maio de 2016.