A Fobia Social, como a timidez excessiva é chamada, atinge milhões de brasileiros. Estimativas oficiais revelam que de 3 a 13% dos brasileiros desenvolvem a doença. Os números, no entanto, podem ser bem maiores, pois muitas pessoas não procuram ajuda.

As situações sociais são temidas e evitadas a todo custo. Esse é um dos fatores que possibilitam identificar a pessoa que sofre de timidez excessiva. Segundo psicólogos, a Fobia Social surge geralmente na infância e atinge mais homens do que mulheres. Isso ocorre devido a fatores culturais, pois os humanos são socialmente mais exigidos.

Pensamentos de inadequação social, preocupação excessiva com o pensamento dos outros, medo da avaliação negativa e a preocupação em fazer sempre o melhor estão entre os sintomas da Fobia Social. As causas podem ser biológicas (predisposição genética) ou psicossociais, por práticas educacionais ou então quando os pais superprotegem seus filhos, por exemplo.

A fobia social traz uma série de prejuízos para a vida das pessoas, como o isolamento, inadequação em relacionamentos amorosos e na área acadêmica e grande incidência do uso de álcool e drogas (estimulantes da desinibição). Além disso, podem ocorrer também depressão e crises de pânico.

É importante ressaltar a diferença entre a Síndrome do Pânico e a Fobia Social. Na primeira, acontecem crises violentíssimas que podem se manifestar em qualquer tipo de situação e em qualquer lugar. Já a Fobia Social acontece apenas naquelas situações de exposição social, em que a pessoa fica nervosa com a reação dos outros, com que os outros vão pensar à respeito dela.

O tratamento pode ser de dois tipos: Medicamentoso, nos casos mais extremos, e terapia comportamental individual ou em grupo, onde os pacientes são expostos a situações ansiogênicas. Dessa forma, eles poderão treinar e melhorar suas habilidades sociais. A duração média do tratamento é de 1 ano, no caso do medicamentoso, e 6 meses se a opção for a terapia.

Fonte: saude.com.br