Dezembro é o mês de colocar na balança todas as atitudes, erros e conquistas dos 11 meses anteriores e traçar as metas para o novo ano. O tempo de renovação para alguns serve para refletir e, muitas vezes, as simpatias estão presentes na noite da virada para dar aquele empurrãozinho no destino. Pular ondinhas, comer lentilha de pernas para cima e guardar sementes de uva e romã são as mais comuns. Mas o que isso significa? Para a psicóloga Tuani Bertamoni todas as crenças que forem aplicadas com um intuito de fazer o bem, sem prejudicar o próximo, devem e podem ser feitas.

Segundo ela, muitas pessoas acreditam que certos rituais vindos com a passagem de um ano para outro pode trazer bons presságios. “O melhor e maior exemplo quando precisamos exemplificar o que é uma superstição é falar das sete ondas, ou de determinar a cor das roupas de acordo com o que almeja. Porém sempre fica a duvida: será que isso funciona?”, comenta a psicóloga.

Tuani garante que alguns estudos sobre coping (termo cognitivo não traduzido do inglês que significa a capacidade que cada indivíduo tem de reagir a situações de estresse), comprovam que pensamentos fantasiosos de que um “milagre” irá acontecer ou práticas religiosas diminuem o grau de estresse quando uma pessoa passa por algum momento de dificuldade emocional, ou até mesmo doenças. “O famoso ditado ‘A fé move montanhas’, pode ter um cunho verdadeiro. Tudo que for feito acreditando que trará bons presságios, normalmente molda o pensamento do indivíduo para agir de forma mais positiva, e tudo parece reagir melhor quando enxergamos soluções e não focamos somente no problema”, observa.

A psicóloga lembra que um novo ano vem sempre para encerrar ciclos, renovar as esperanças, restabelecer metas e acreditar que tudo pode ser diferente. “Segundo a teoria da psicologia positiva, onde são enfatizados os potenciais, motivação e capacidade humana, podemos perceber que algumas destas crenças, incluindo todas as superstições que vem com o final de ano, potencializam a positividade na forma de encarar o novo ano, além de uma melhor forma de resolução de problemas”, frisa.

A magia dos fogos de artifício

“Ouve-se um assovio distante, até ocorrer a explosão de cores. O céu escuro fica estampado com riscos azuis, faíscas vermelhas, estrelinhas de ouro e chuva de prata. Surpreendem, então, luzes brancas, como as de um raio e sons que imitam trovões. Esse espetáculo poderia perfeitamente ter acontecido no aniversário de uma cidade, em final de Copa do Mundo, em uma festa junina, no natal, ou na entrada no ano novo. Pois, afinal, os fogos de artifícios são velhos convidados nas grandes celebrações.”, assim inicia a fala de Claudionor Ferrari, proprietário da Fogos Atômica Ltda. quando questionado sobre a magia dos fogos de artifício.

Ferrari questiona: “Quem não gosta de fogos de artifícios, com seus espetaculares efeitos de som, luz, cores e formas, brilhando nos céus nas noites natalinas e de ano novo?” e ele mesmo dá a resposta: “Ora, isso é impossível!”. Um espetáculo pirotécnico desperta em qualquer pessoa a impressão de magia. Mas, na realidade, os desenhos multicoloridos no céu são uma questão química.

Boa parte dos fogos existentes são kits montados em forma de bateria. O que significa dizer que são colocados e acionados no chão. Iniciados por meio de um “retardo” que permite afastar-se do local com tranquilidade. “Mesmo os fogos de mão, mais populares, já não o são, pois em cada caixa acompanha uma base de lançamento. Embora isso, o fundamento básico para a prevenção de acidentes é seguir, à risca, a orientação do fabricante contida na embalagem, tendo especial atenção com a escolha do local e observação das distâncias necessárias. Com isso já dá para fazer um show pirotécnico incrível”, lembra o proprietário.

Na Fogos Atômica Ltda. são encontrados shows prontos, de fácil acionamento, com variados tamanhos e efeitos. Com duração a partir de 20 segundos até 5 minutos, ou mais. Ou ainda, aqueles fogos mais tradicionais, de acionamento individual, como o 12×1 tiros, o 14×3 tiros ou os de cores, como o Fest Cores, o Reprise de Cores, o Explosão de Cores e o Tremendão de Cores. Portanto, fogos para todos os gostos e bolsos.

É possível os animais não sofrerem com o barulho?

O cão possui audição muito sensível, podendo escutar a origem do som em até 6 centésimos de segundo e chegando a escutar até 45 mil hertz. Entretanto, por mais difícil que seja, os donos devem ignorar qualquer sinal de medo e recompensar o cão sempre que este se mostre calmo durante os barulhos mais altos que acontecerem, principalmente durante a queima de fogos de artifício do ano novo.

Só inspirando confiança no seu animal, é que ele perde progressivamente o medo. Ou seja, se o cão começar a tremer, o dono não deve afagá-lo; se ele se esconder, o dono não deve falar de forma terna. Use o seu tom normal para chamá-lo e cada passo que ele der em frente, recompense-o com elogios. Não deve também castigá-lo por mostrar medo. Leve-o à cama dele para que aí se sinta em segurança. Se ele não relaxar, tente brincar com ele.

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