Neste domingo, dia 12, tivemos mais uma das já constantes “manifestações”, convocadas pela internet por algumas pessoas cuja identificação não é tão fácil e apoiadas, contundentemente, pela chamada “grande imprensa”. Nesta segunda vez o número de participantes foi menor, mas, obviamente, não é essa a questão. Se foram 800 mil, 40 mil, um milhão não vem ao caso. O que deveria ser observado é: Por quê? Qual o objetivo? Qual o foco?

E aqui residem sérias contradições. Alguns grupos defendem o impeachment da presidenta da República, o que, obviamente, não tem nenhum sentido ou fato que justifique, pelo menos por enquanto. Então, essa “reivindicação” é estritamente de cunho político-partidário e, por isso, deve ser vista com reservas e bom senso. Outros já protestam contra a corrupção e isso tem, sim, sobrados motivos e fatos. Só que não é contra toda a corrupção.

Os protestos são contra os corruptos de UM partido, não de todos os envolvidos e isso, certamente, tira e muito a credibilidade de qualquer manifestação. Não dá para aceitar que julguem de forma errônea, tipo “os corruptos do meu partido são melhores do que os dos outros”, não é mesmo? Basta se fazer uma pesquisa básica, elementar, simples para se constatar que não há virgens na zona política brasileira, ou seja, nenhum partido tem moral para atacar qualquer outro. Mas, graças à ignorância, à má intenção ou falta de informação e de vontade de buscar informações, o que se vê são bobagens homéricas nas redes sociais sendo repassadas e, o pior, com “abalizadas opiniões” de quem não tem sequer noções mínimas sobre o assunto que “opinam”.

Que existem verdadeiros exércitos na internet a serviço de partidos com o objetivo precípuo de injuriar, difamar ou caluniar membros de outros partidos até alunos do primeiro ano do primeiro grau sabem. Em razão disso tudo, as manifestações e protestos que pedem impeachment ou “intervenção militar constitucional” são, no mínimo, ridículas.

O que deveria ser objeto inarredável dos protestos e manifestações é o fim da corrupção de todos os partidos; o fim dos roubos e sonegações protagonizados por aqueles envolvidos na Operação Zelotes, que querem ver as multas milionárias aplicadas pelos fiscais da receita (sonegaram impostos que nós, povo, pagamos) reduzidas ou zeradas; A fortuna fantástica em contas de 8.667 brasileiros na Suíça (legais ou ilegais é o que precisamos saber); a roubalheira na Petrobrás; o festival de “trenzinhos da alegria” dos vários poderes que se concedem benesses financeiras e/ou as catapultam, como diárias, auxílios, avanços, salários, subsídios, etc. Há, enfim, centenas de coisas reais e palpáveis contra as quais devemos protestar. Por que não é assim? Adivinhem!!