O perigo que pode estar no carrinho de cachorro-quente e no restaurante próximo ao trabalho também pode ser encontrado na geladeira de casa. Por isso, guardar os alimentos corretamente é importante para manter a comida longe das bactérias.

Todos os alimentos são de riscos se preparados sem higiene e/ou mantidos sem refrigeração ou aquecimento adequado. Cuidados com a higiene e o armazenamento da água também ajudam a evitar problemas de saúde.

Na rua

Alguns alimentos exigem cuidado dobrado antes de serem colocados no prato, ainda mais quando não se conhece a sua procedência.

Ovo

Pode abrigar a bactéria Salmonella, que causa diarreia, febre e vômitos, e até óbito em crianças, gestantes e pessoas com o sistema imunológico debilitado. O maior risco é ingerir mal cozido (com a gema mole) ou cru (usado em alguns preparos como a maionese. 1 em cada 200 ovos em uma granja pode conter a Salmonella. A dica é optar pelo produto pasteurizado. O processo de pasteurização elimina a bactéria. Acontece que na rua nem sempre é possível confiar na procedência do alimento. Se o ovo estiver contaminado, a alta temperatura do cozimento será capaz de eliminar o microorganismo.

Carnes

Espetinhos, churrasquinhos, sanduíches de carne assada podem conter a bactéria causadora de cólicas e diarreia. Esse microorganismo é resistente muitas vezes até ao cozimento. A carne deve ser armazenada sempre em temperatura inferior a cinco graus. Na hora de consumir, opte pela preparada na hora e bem passada, sendo mantida acima de 60 graus.

Cachorro-quente

O problema principal está na salsicha, que pode conter a bactéria. Após sua ingestão, costumam aparecer diarreia e fortes cólicas abdominais, por 24 horas. Não é indicado consumir a salsicha que esteja fora de refrigeração, crua ou aquela mergulhada há horas na panela do carrinho de cachorro-quente, a não ser que a água emane vapores, isto é, esteja acima de 60 graus. Ela deve ser cozida na hora e por cinco minutos após levantar fervura. Cuidado ainda com o purê que acompanha o sanduíche: por ser preparado com leite e muitas vezes ficar exposto inadequadamente – o que também pode causar problemas.

Maionese

Para passar a ideia de saborosa e sem aditivos químicos, muitos comerciantes oferecem a maionese caseira. Além do risco da contaminação pelo uso de ovos crus no preparo, a falta de higiene da embalagem (bisnagas) e a refrigeração inadequada transformam o alimento em uma bomba de contaminação. Prefira não consumir maionese feita com ovos crus ou em embalagens que ficam fora da geladeira. Prefira os sachês industrializados para maionese, mostarda e catchup.

Em casa

Nem a segurança do lar está imune aos microorganismos. Aliás, pesquisas apontam que a maior parte dos casos de contaminação acontece dentro de casa.

Sobras do almoço

Aquele arroz com feijão que sobrou do almoço podem ficar para o jantar e até para o dia seguinte. Desde que manipulados de maneira adequada. Tire das panelas, acondicione-os em outro recipiente e leve-os à geladeira. Pode guardá-los até mesmo quentes. Isso não estraga a geladeira, nem a comida. Mas até que esfriem, mantenha o recipiente aberto. Aquelas gotículas de água que se formam na tampa (umidade) podem facilitar a proliferação de bactérias. A geladeira doméstica geralmente trabalha a 10 graus: nessa temperatura é capaz de conservar a comida por 24 horas. Se estiver a cinco graus, o prazo se estende até três dias. Agora, se a sobra foi grande e não será consumida rapidamente, melhor congelar.

Frios

Retire-os da embalagem original e coloque-os em recipientes com tampas. Na hora de se servir de uma fatia, utilize um garfo, evitando manipular o alimento com as mãos. Consuma-os em até dois dias. Ranço e gosma na superfície dos frios significam microorganismos em ação – e problemas de contaminação na certa se forem ingeridos.

Palmito

Ao comprar o produto verifique as informações da embalagem: o rótulo deve conter a data de validade, o número do lote e os dados do fabricante. Um alimento de má procedência pode conter a toxina botulínica, bactéria transmissora do botulismo, doença que pode levar à morte. Palmito em conserva só deve ser adquirido de marca e estabelecimentos confiáveis. Por ser um vegetal mole, ele não resiste a altas temperaturas e para que não venha desenvolver a toxina botulínica deve ser preparado industrialmente com quantidades de ácido e sal adequadas. E antes de consumi-lo em casa, a recomendação é fervê-lo durante 10 minutos.

Enlatados

O cuidado aqui é com a embalagem. As latas têm um verniz interno, que preserva seu conteúdo. Pequenas batidas podem romper essa proteção e comprometer o alimento. É importante também higienizá-las (lavar com água e detergente) antes de abri-las. Ao abrir, verifique se não contém bolhas, como se estivesse fermentado. Drene a água e consuma ou prepare imediatamente. Se não for utilizar todo conteúdo da lata, retire da embalagem, coloque em outro recipiente com tampa, marque a data e consuma em até três dias.

Fonte: saude.ig.com.br