Depois de tudo o que já ouvi é possível afirmar que a Administração Lunelli foi a que mais fez projetos – e quando falo “projetos” estou me referindo àqueles em que se envia ou leva documentação ao governo federal com o objetivo de se obter verbas para obras de infraestrutura ou assemelhada no município, a “fundo perdido”, ou seja, dinheiro que não precisa ser devolvido – em toda a história de Bento Gonçalves. Sim, a menos que alguém prove o contrário, isso é concreto. Não estou me referindo a “emendas parlamentares”, obviamente. A Administração Lunelli elaborou, encaminhou e teve vários projetos aprovados. A Rua Coberta, por exemplo, (que estou pensando que não sairá por um motivo básico: o local escolhido, no meu leigo entender, não é o adequado, mas respeito quem pense o contrário, pelo que prefiro esperar para ver), é um deles. A revitalização da Via Del Vino é outro. Sobre a Rua Coberta não se ouve dizer absolutamente nada. Se alguém souber de algo peço que me informem. Meus poucos leitores, conquistados ao longo de 35 anos, gostariam de saber. Já no tocante a Via Del Vino, as informações que tenho são que há complementação de projetos a ser encaminhada para Brasília, já que há, ainda, algumas centenas de milhares de reais a serem liberados. Pelo que sei – e apreciaria se me dessem maiores informações – a Via Del Vino ainda tem muito para ser feito. A retirada de vários postes com a consequente instalação subterrânea de fios e cabos é uma das coisas faltantes. Ah, sim, sei, os “reis da cocada preta” não podem descer até o insignificante patamar de um colunista/articulista do interior para dar essas informações. Essas informações “não são de interesse público”, na visão deles, é claro. Mas, vai que alguém saiba em que pé está o andamento da Rua Coberta e da Via Del Vino e transmita essas informações, não é mesmo? Mas, há mais coisas cujo andamento eu e a esmagadora maioria da população desconhecemos. As “academias ao ar livre”, que o Conselho Municipal de Saúde aprovou no ano passado, sairão ou não? Pois, como quase todos os projetos elaborados pela administração Lunelli foram considerados “com erros”, o das academias, pelo jeito, também foi. O que penso é que já deveriam ter sido movido processos judiciais contra todos esses “erros”. Eles resultaram em prejuízo aos cofres públicos, não? Entendo que a população tem o direito de saber, minudentemente, os motivos pelos quais a Rua Coberta, a Via Del Vino e as academias ao ar livre não tem andamento. Será que é preciso invocar a Lei da Transparência para se obter essas informações? Não seriam, talvez, assuntos de interesse comunitário e, portanto, para divulgação de rotina? Às vezes me lembro de Rubens Ricupero, aquele ministro do ex-presidente FHC que fez um comentário ao jornalista Carlos Monforte, sobre o Plano Real, sem saber que estava no ar.