Valor do produto está na faixa dos R$75 com entrega no domicílio, porém pode custar mais barato nas distribuidoras

O ano de 2018 foi mais um grande desafio para todos os brasileiros em termos econômicos. Os reflexos desta instabilidade mais uma vez, apareceram em vários itens como: cesta básica, combustíveis e também no gás de cozinha, igualmente essencial para as famílias. No ano, em Bento Gonçalves, o item apresentou variação acima dos 10%.

Os números referentes aos valores praticados no município são apresentados pelo Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon). A pesquisa leva em conta cinco fornecedoras de gás de cozinha, seguindo dois critérios. O primeiro é o valor praticado pelos distribuidores na compra direta nos depósitos. O segundo, o de entrega no domicílio. Além disso, os valores pesquisados levam em conta o gás de 13kg e 45kg.

E há diferença na cobrança. Quem opta por comprar na distribuidora tem quase R$6 de desconto do que pedir diretamente em casa o botijão de 13kg. Entre janeiro e novembro, os valores cobrados para a compra direta nas empresas tiveram aumento. No primeiro mês do ano, o gás custava em média R$62,20 e até o mês de novembro, R$68,60, o aumento foi de R$6,60, 10,28%.
Em termos comparativos, o preço médio do botijão, calculado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) é de R$ 68,14 no Rio Grande do Sul.

Na entrega a domicílio, também houve um acréscimo, em média atingiu R$6,80. Nos primeiros meses do ano, o botijão estava saindo por R$68 para os atuais R$74,80, também chegando aos 10%. Já o custo para o de 45kg, teve acréscimo de R$8,40. O aumento no gás de cozinha se deu a partir do mês de junho, ainda sob reflexo da greve dos caminhoneiros. Em média, o crescimento foi de R$ 6,80 para o bolso do consumidor.

De acordo com o levantamento da ANP, nas últimas quatros semanas equivalentes ao mês de novembro, o gás de cozinha no Estado teve uma variação de 2% no preço ao consumidor. O preço médio foi de R$ 68,13 para R$ 69,49.

Segundo a ANP, o acréscimo ainda é reflexo de uma adaptação do setor decorrente do aumento médio de 8,5% repassado pelas companhias durante o mês de novembro. Conforme o Sindicato das Empresas Distribuidoras, Comercializadoras e Revendedoras de Gases em Geral (Singasul), em 18 de janeiro o preço estabelecido para o produto, em média, foi de R$ 23,16 e desde novembro, subiu para R$ 25,07, variação de R$ 1,91 ou 8,25% em 10 meses.

Ainda segundo a entidade estadual, com o valor dos impostos federais e estaduais estão ao redor de R$ 12,15 por botijão de 13 kg que somado ao custo das refinarias representa, aproximadamente, 50% do valor pago pelo consumidor.

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